O melhor dia das férias é o último dia de trabalho. Principalmente quando as coisas estão calmas, quando sabemos que a nossa presença alí é dispensável. Os telefones raramente tocam. Chega um email de hora em hora.
Vou partir amanhã cedo para mais um Natal daqueles a sério. Com a família toda lá em casa à volta da lareira para ver se não congela. A falar do que se tem feito, projectos para o ano que está à porta. Levo a mala do carro cheia de prendas. Tenho aqui ao lado o saco pronto, cheio demais, eu diria, mas é inevitável...
Este ano a minha carta ao Pai Natal não fazia grandes exigências, quero só continuar a ter o meu espaço neste mundo e senti-lo como meu. O resto, vem por acréscimo...
Um Feliz Natal a todos....
quinta-feira, dezembro 21
terça-feira, dezembro 19
As coisas em dia...
Sinto-me descansada hoje.
Despachei as prendas todas ontem num final de dia num Colombo a abarrotar. Não sei como, mas tal era a minha energia para vir dali com as prendinhas todas na mão que em duas horas consegui comprar tudo.
Hoje também consegui ir ao ginásio. Confesso que a minha resistência ficou um pouco aquem do habitual, mas é compreensível, já não punha lá os pés há três semanas.
Finalmente consegui estar em casa quando o senhor do Circulo de Leitores tocou à campainha. Devia-lhe 20 euros de mais um livro de uma colecção sobre as Civilizações que ando a fazer e que nunca mais chega ao fim. São aquelas coisas fantásticas em que eu me meto e nunca consigo sair delas. É que o senhor tem ar de avô e quando chega à minha porta, no 3º andar, já vem mais morto que vivo e eu, que ando a ensair o discurso há séculos para o ir mandar bater a outra porta, não consigo!! E os livros que não leio vão-se acumulando.
Estou a dois dias das férias. Vou para o frio do norte, pôr as ideias em dia e o corpo em stand by por uma semana. De acordo com o meu signo para 2007 (eu não acredito em nada destas coisas, mas que às vezes os astrólogos acertam lá isso é verdade) vou ter um ano de muiiitooo trabalho. Só de pensar nisso até sinto arrepios na espinha. É bom: estar ocupada em rotinas, ser precisa, ter responsabilidades. É péssimo: viver para trabalhar, não ter tempo para estar com quem mais gostamos. Deixar as prioridades para o fim da fila, o trabalho sempre em primeiro lugar.
Também de acordo com essa fantástica previsão (lida nesse fantástico guia do ser feminino, mais conhecido por revista Elle) tenho que deitar as minhas garras de fora para não deixar que as pessoas se aproveitem do meu trabalho e me passem a perna, mesmo que isso implique ir contra os meus principios. Sim porque, e passo a citar "basicamente você é boa pessoa, e por isso não gosta de gerar conflitos com os seus adversários". Isto é em tudo verdade, meus amigos. Isto acenta-me que nem uma luva! E eu já decidi, vou deixar crescer as minhas unhas mais do que o habitual. É sempre bom começar 2007 com algumas armas físicas e psicológias....
PS.: A Cegueira tem nova banda sonora... Para quem não conhece são os Dave Mathews Band. E para todos os que conhecem, gostam, mas andam distraídos, corram à FNAC, os bilhetes para o PRIMEIRO concerto DE SEMPRE em Portugal, a acontecer dia 25 de Maio (dia bloqueado na minha agenda) já estão à venda!
Despachei as prendas todas ontem num final de dia num Colombo a abarrotar. Não sei como, mas tal era a minha energia para vir dali com as prendinhas todas na mão que em duas horas consegui comprar tudo.
Hoje também consegui ir ao ginásio. Confesso que a minha resistência ficou um pouco aquem do habitual, mas é compreensível, já não punha lá os pés há três semanas.
Finalmente consegui estar em casa quando o senhor do Circulo de Leitores tocou à campainha. Devia-lhe 20 euros de mais um livro de uma colecção sobre as Civilizações que ando a fazer e que nunca mais chega ao fim. São aquelas coisas fantásticas em que eu me meto e nunca consigo sair delas. É que o senhor tem ar de avô e quando chega à minha porta, no 3º andar, já vem mais morto que vivo e eu, que ando a ensair o discurso há séculos para o ir mandar bater a outra porta, não consigo!! E os livros que não leio vão-se acumulando.
Estou a dois dias das férias. Vou para o frio do norte, pôr as ideias em dia e o corpo em stand by por uma semana. De acordo com o meu signo para 2007 (eu não acredito em nada destas coisas, mas que às vezes os astrólogos acertam lá isso é verdade) vou ter um ano de muiiitooo trabalho. Só de pensar nisso até sinto arrepios na espinha. É bom: estar ocupada em rotinas, ser precisa, ter responsabilidades. É péssimo: viver para trabalhar, não ter tempo para estar com quem mais gostamos. Deixar as prioridades para o fim da fila, o trabalho sempre em primeiro lugar.
Também de acordo com essa fantástica previsão (lida nesse fantástico guia do ser feminino, mais conhecido por revista Elle) tenho que deitar as minhas garras de fora para não deixar que as pessoas se aproveitem do meu trabalho e me passem a perna, mesmo que isso implique ir contra os meus principios. Sim porque, e passo a citar "basicamente você é boa pessoa, e por isso não gosta de gerar conflitos com os seus adversários". Isto é em tudo verdade, meus amigos. Isto acenta-me que nem uma luva! E eu já decidi, vou deixar crescer as minhas unhas mais do que o habitual. É sempre bom começar 2007 com algumas armas físicas e psicológias....
PS.: A Cegueira tem nova banda sonora... Para quem não conhece são os Dave Mathews Band. E para todos os que conhecem, gostam, mas andam distraídos, corram à FNAC, os bilhetes para o PRIMEIRO concerto DE SEMPRE em Portugal, a acontecer dia 25 de Maio (dia bloqueado na minha agenda) já estão à venda!
domingo, dezembro 17
Coimbra
Voltei a Coimbra. É certo que passei o dia enfiada numa sala da Quinta das Lágrimas com internos de Neurologia (as coisas que uma pessoa tem que fazer para ganhar a vidinha), mas ainda me sobraram uns minutos para perceber que a cidade está mais bonita do que nunca. Mais confusa, com mais trânsito, com prédios por todo o lado, mas mais bonita.
Fiz-me às estrada às 8 da noite e durante a hora de viagem pelo IP3 não consegui parar de pensar em tudo o que vivi naquela cidade. Parece que está tudo ainda tão perto, os lugares, os momentos, as pessoas.... mas não. As pessoas mudaram, eu mudei, por mais que me tente ainda agarrar-me a elas, aproximar-me do passado, eleas fogem-me das mãos, todos os dias, mais um bocadinho.
Fiz-me às estrada às 8 da noite e durante a hora de viagem pelo IP3 não consegui parar de pensar em tudo o que vivi naquela cidade. Parece que está tudo ainda tão perto, os lugares, os momentos, as pessoas.... mas não. As pessoas mudaram, eu mudei, por mais que me tente ainda agarrar-me a elas, aproximar-me do passado, eleas fogem-me das mãos, todos os dias, mais um bocadinho.
segunda-feira, dezembro 11
the day is not enough
Está frio.
Sinto-o entranhar-se na minha pele até chegar aos ossos. E gosto.
Sinto-me resitir um pouco mas depois olho em frente e deixo que o vento me solte o cabelo e me bata no rosto com a força de uma onda.
Estou a descer uma rua sem fim, uma das ruas de Lisboa onde é impossível encontrar um taxi. Olho para cima e mal vejo o céu tal a quantidade e a altura dos prédios em tão pouco espaço.
Saí de mais uma reunião, diria quase inútil. Como tantas, como quase todas.
Chega o o taxi. Apetece-me dizer outro destino qualquer que não aquele que me espera todos os dias.
Deixo-me escorregar pelo banco de cabedal. Aproveito o refúgio. Aproveito para me esconder antes que o taxista resolva meter conversa.
Olho pelo vidro enquanto percorro o centro da cidade. Lá fora há folhas espalhadas pelas ruas. As pessoas cheias de pressa de um lado para o outro. Toca o telemóvel e eu finjo não ouvir.
"Ora, são oito euros".
Passe-me um recibo, por favor...
Ainda são só 11 da manhã....
Sinto-o entranhar-se na minha pele até chegar aos ossos. E gosto.
Sinto-me resitir um pouco mas depois olho em frente e deixo que o vento me solte o cabelo e me bata no rosto com a força de uma onda.
Estou a descer uma rua sem fim, uma das ruas de Lisboa onde é impossível encontrar um taxi. Olho para cima e mal vejo o céu tal a quantidade e a altura dos prédios em tão pouco espaço.
Saí de mais uma reunião, diria quase inútil. Como tantas, como quase todas.
Chega o o taxi. Apetece-me dizer outro destino qualquer que não aquele que me espera todos os dias.
Deixo-me escorregar pelo banco de cabedal. Aproveito o refúgio. Aproveito para me esconder antes que o taxista resolva meter conversa.
Olho pelo vidro enquanto percorro o centro da cidade. Lá fora há folhas espalhadas pelas ruas. As pessoas cheias de pressa de um lado para o outro. Toca o telemóvel e eu finjo não ouvir.
"Ora, são oito euros".
Passe-me um recibo, por favor...
Ainda são só 11 da manhã....
terça-feira, novembro 21
Mais um dia
Estava praqui a pensar em como os dias são pequenos e nós nem nos damos conta. Andamos sempre a pensar nos fim-de-semana, nas férias, como um escape para o trabalho, para as rotinas, para as coisas chatas que temos que fazer para receber uns trocos no final do mês que nos permitem ter fins de semana e férias de jeito.
E nesta ânsia de arranjar uma fuga nem nos apercebemos que estamos, no fundo, a desejar que o tempo passe. Vamos ficando mais velhos... Nem nos damos que cada dia que passa é menos um em que tivemos a oportunidade de mudar, de fazer algo diferente, de mudar a rotina, e não o fizemos....Porquê? Voltamos ao início, porque precisamos de trabalhar para nos mantermos ocupados, para ganharmos dinheiro, para termos férias para descansar disto tudo.
É uma contradição. E é uma forma de conseguirmos traçar metas e objectivos, digo eu, que não vivo sem eles...
E nesta ânsia de arranjar uma fuga nem nos apercebemos que estamos, no fundo, a desejar que o tempo passe. Vamos ficando mais velhos... Nem nos damos que cada dia que passa é menos um em que tivemos a oportunidade de mudar, de fazer algo diferente, de mudar a rotina, e não o fizemos....Porquê? Voltamos ao início, porque precisamos de trabalhar para nos mantermos ocupados, para ganharmos dinheiro, para termos férias para descansar disto tudo.
É uma contradição. E é uma forma de conseguirmos traçar metas e objectivos, digo eu, que não vivo sem eles...
domingo, novembro 19
Síndroma de Domingo
É Domingo.
Fui abastecer a cesta da fruta e a prateleira dos legumes no frigorífico. O Pingo Doce está novinho em folha, até apetece comprar mais coisas...
Estão a passar filmes atrás de filmes na Tv e eu nem olho para lá.
Estou a fazer o start up da semana. Press Releases, informação de agenda, alguns contactos...
Está frio, já vesti não sei quantas camisolas e continuo a tiritar e a sentir-me desconfortável com a temperatura.
Comi metade de um pacote de 200gr daquelas gomas em formato de urso.
Há lá coisa melhor do que um Domingo descansado?
Fui abastecer a cesta da fruta e a prateleira dos legumes no frigorífico. O Pingo Doce está novinho em folha, até apetece comprar mais coisas...
Estão a passar filmes atrás de filmes na Tv e eu nem olho para lá.
Estou a fazer o start up da semana. Press Releases, informação de agenda, alguns contactos...
Está frio, já vesti não sei quantas camisolas e continuo a tiritar e a sentir-me desconfortável com a temperatura.
Comi metade de um pacote de 200gr daquelas gomas em formato de urso.
Há lá coisa melhor do que um Domingo descansado?
Há aqui qualquer coisa que...
Passei o dia em arrumações. Dizem que quando queremos organizar o nosso espaço e os nossos objectos é porque no fundo sentimos também a vontade de mudar qualquer coisa na nossa vida.
Não sei se foi esse o motivo que me fez andar de um lado para o outro a mudar livros e cds de sitio. Acho que foi mais a necessidade de me sentir ocupada. Um fim-de-semana sem trabalhar em Lisboa é uma coisa estranha, porque parece que não consigo quebrar o ritmo da semana. Preciso de ir para casa, de ouvir silêncio, de me sentir 300 km longe disto tudo.
Nesta casa está tudo no sítio e arrumado como munca. Menos eu. Há qualquer coisa cá dentro que não me tem deixado sossegada. Uma inquietude, uma incerteza, uma revolta, qualquer coisa que aparece em rasgos no meu pensamento e logo desaparece. Mas que me atormenta, me deixa desconfortável.
De onde vem estar estranheza?
Não sei se foi esse o motivo que me fez andar de um lado para o outro a mudar livros e cds de sitio. Acho que foi mais a necessidade de me sentir ocupada. Um fim-de-semana sem trabalhar em Lisboa é uma coisa estranha, porque parece que não consigo quebrar o ritmo da semana. Preciso de ir para casa, de ouvir silêncio, de me sentir 300 km longe disto tudo.
Nesta casa está tudo no sítio e arrumado como munca. Menos eu. Há qualquer coisa cá dentro que não me tem deixado sossegada. Uma inquietude, uma incerteza, uma revolta, qualquer coisa que aparece em rasgos no meu pensamento e logo desaparece. Mas que me atormenta, me deixa desconfortável.
De onde vem estar estranheza?
quinta-feira, novembro 16
Quero outra vida...
A minha vida nos últimos dias tem sido uma porcaria.
As situações por que tenho passado só me têm servido para provar que eu não me conheço a mim própria, que cá dentro há força que eu não sei de onde vem, há vontade de ir em frente e fazer mais, vontade essa que resiste mesmo quando um só empurrão é suficiente para me deitar ao chão.
Ontem consegui enfiar 600 pessoas numa sala do São Luiz. Desenrolei roll ups, coloquei arranjos de flores, recebi pessoas, encaminhei jornalistas, dei bilhetes, distribuí balões, promovi entrevistas, peguei no microfone e mandei toda a gente sentar-se. Vi-me obrigada a vestir a minha roupa de gala em 5 minutos no WC do teatro, por pouco ficava sem collants, mas lá consegui manter a compostura de uma lady.
Cheguei a casa com a cabeça a pesar toneladas.
E hoje, levantei-me à mesma hora e lá foi a escrava preparar mais uma aventura. Se isto é uma prova à minha resistência física e mental, devo dizer que já tive dias melhores.
Eu sinto que isto não é vida para mim, mas lá no fundo dá-me um gozo tremendo matar-me a trabalhar para, no final, poder responder "correu muito bem".
As situações por que tenho passado só me têm servido para provar que eu não me conheço a mim própria, que cá dentro há força que eu não sei de onde vem, há vontade de ir em frente e fazer mais, vontade essa que resiste mesmo quando um só empurrão é suficiente para me deitar ao chão.
Ontem consegui enfiar 600 pessoas numa sala do São Luiz. Desenrolei roll ups, coloquei arranjos de flores, recebi pessoas, encaminhei jornalistas, dei bilhetes, distribuí balões, promovi entrevistas, peguei no microfone e mandei toda a gente sentar-se. Vi-me obrigada a vestir a minha roupa de gala em 5 minutos no WC do teatro, por pouco ficava sem collants, mas lá consegui manter a compostura de uma lady.
Cheguei a casa com a cabeça a pesar toneladas.
E hoje, levantei-me à mesma hora e lá foi a escrava preparar mais uma aventura. Se isto é uma prova à minha resistência física e mental, devo dizer que já tive dias melhores.
Eu sinto que isto não é vida para mim, mas lá no fundo dá-me um gozo tremendo matar-me a trabalhar para, no final, poder responder "correu muito bem".
domingo, novembro 12
quinta-feira, novembro 2
Telemovel parte II
Hoje vou ter que falar bem do telemóvel.
Não fiz outra coisa senão dizer "estou sim" o dia todo.
Colocar o nosso nome e o nosso número de telemóvel numa informação de agenda com um título apelativo e enviá-la para as redacções faz maravilhas...
O evento é só amanhã mas esta parada já está ganha..
Venha o próximo que isto agora só pára em Dezembro....
Não fiz outra coisa senão dizer "estou sim" o dia todo.
Colocar o nosso nome e o nosso número de telemóvel numa informação de agenda com um título apelativo e enviá-la para as redacções faz maravilhas...
O evento é só amanhã mas esta parada já está ganha..
Venha o próximo que isto agora só pára em Dezembro....
quarta-feira, novembro 1
O chamado telemóvel profissional
Lá se passou o feriado. E a única coisa que me ocorre dizer é que os telemóveis são a pior coisa que podia ter sido inventada. Pronto, são bons para manter contactos pessoais, para falar com os amigos, com os namorados, com os pais, a familia e o piriquito, mas profissionalmente são um pesadelo.
Para além, de ter que andar com dois telemóveis no saco, coisa que me irrita seriamente, tenho que estar sempre disponível, posso estar no WC, a fazer o jantar, no ginásio, em qualquer lado, não interessa. Seja qual for a razão que invoque ninguem percebe porque é que não atendi o telemóvel. E o pior é que nunca sabemos quem poderá ser.
Hoje aproveitei para passear e fazer aquelas comprinhas que fazem sempre falta no armário. E digo-vos que não há coisa pior do ter a porcaria do aparelho aos berros, a tocar que se farta, como se não houvesse amanha. Lá tive que me desligar do feriado e adoptar a minha postura profissional para atender e dizer "estou sim". E não é que do outro lado estava o Prof. Dr. António das Couves do Hospital de não sei das quantas a procura não sei de quem, ou a precisar de um contacto qualquer que eu, em pleno feriado, fora do escritório e sem paciência não tinha para lhe dar.
E volto para casa chateada quase a 200 à hora na 2ª circular para finalmente encontrar o tal contacto e ligar ao Prof. Dr. António das Couves e ele dizer-me: "olhe entretanto já encontreio o número".
Meus amigos, a vida é dificil...
Para além, de ter que andar com dois telemóveis no saco, coisa que me irrita seriamente, tenho que estar sempre disponível, posso estar no WC, a fazer o jantar, no ginásio, em qualquer lado, não interessa. Seja qual for a razão que invoque ninguem percebe porque é que não atendi o telemóvel. E o pior é que nunca sabemos quem poderá ser.
Hoje aproveitei para passear e fazer aquelas comprinhas que fazem sempre falta no armário. E digo-vos que não há coisa pior do ter a porcaria do aparelho aos berros, a tocar que se farta, como se não houvesse amanha. Lá tive que me desligar do feriado e adoptar a minha postura profissional para atender e dizer "estou sim". E não é que do outro lado estava o Prof. Dr. António das Couves do Hospital de não sei das quantas a procura não sei de quem, ou a precisar de um contacto qualquer que eu, em pleno feriado, fora do escritório e sem paciência não tinha para lhe dar.
E volto para casa chateada quase a 200 à hora na 2ª circular para finalmente encontrar o tal contacto e ligar ao Prof. Dr. António das Couves e ele dizer-me: "olhe entretanto já encontreio o número".
Meus amigos, a vida é dificil...
segunda-feira, outubro 30
dúvida da noite
Sabem o que é pior do que não ter o que queremos? É não saber o que queremos de verdade!
Porque é que eu tinha que nascer Balança?
Porque é que eu tinha que nascer Balança?
domingo, outubro 29
A minha Cegueira voltou para mim
Se no outro dia fiquei admirada por ter um tipo a ocupar-me a Cegueira, hoje fiquei mais ainda quando cheguei aqui e vi que a tinha recuperado. Não sei muito bem o que se passou mas espero que não volte a acontecer.
Até porque hoje é um daqueles dias em que me apetece escrever. Cheguei a Lisboa cedo, ainda não me habituei a esta mudança de hora. Andei pela casa a arrumar coisas, jantei, tomei um banho, vesti o pijama, empurrei-me para cima da cama a fazer zapping durante algum tempo, tempo suficiente para ver a Manuela Moura Guedes a cantar ao estilo da Tina Turner e decidir levantar-me.
Nestas alturas a internet sempre serve para alguma coisa: passar tempo.
Sinto-me sozinha nesta casa que começa a ser pequena para as minhas expectativas. Isto também é um assunto repetitivo, eu sei, mas preciso de arranjar uma casa, sei lá, um sótão, umas águas furtadas, um cantinho qualquer em Lisboa mas que seja só meu, que eu não tenha que partilhar com ninguem que ouça André Sardet a altos berros do outro lado do corredor, como estou a ouvir agora...
Até porque hoje é um daqueles dias em que me apetece escrever. Cheguei a Lisboa cedo, ainda não me habituei a esta mudança de hora. Andei pela casa a arrumar coisas, jantei, tomei um banho, vesti o pijama, empurrei-me para cima da cama a fazer zapping durante algum tempo, tempo suficiente para ver a Manuela Moura Guedes a cantar ao estilo da Tina Turner e decidir levantar-me.
Nestas alturas a internet sempre serve para alguma coisa: passar tempo.
Sinto-me sozinha nesta casa que começa a ser pequena para as minhas expectativas. Isto também é um assunto repetitivo, eu sei, mas preciso de arranjar uma casa, sei lá, um sótão, umas águas furtadas, um cantinho qualquer em Lisboa mas que seja só meu, que eu não tenha que partilhar com ninguem que ouça André Sardet a altos berros do outro lado do corredor, como estou a ouvir agora...
quinta-feira, outubro 26
quinta-feira, outubro 19
Sem tempo
Tinha saudades de escrever aqui qualquer coisa.
Hoje tirei um tempinho para ficar quieta, para despejar a confusão em que se transformaram os meus dias. Tenho trabalho, tenho mesmo muito trabalho, tanto ao ponto de não conseguir pensar em mais nada. Não vou ao cinema há mais de um mês, chego a casa sempre depois da 20h e nem tempo tenho para cozinhar, tenho uma pilha de roupa lavada para passar a ferro, tenho os armários da cozinha a pedirem-me mais mantimentos, tenho que ir às finanças e não consigo....
Dizes-me que é mesmo assim, que agora somos novos e estes esforços que fazemos vão ajudar-nos a ter estabilidade no futuro.
E eu não acredito. A partir de agora as coisas só vão piorar, as reponsabilidades só vão aumentar e o tempo vai ser sempre pouco demais para tanto.
Como é que se vive assim?
O que me vale é o pensar positivo. Chegar a casa e tentar desligar a ficha. Pôr aquele CD e cantar baixinho, esquecer que amanhã começa tudo outra vez.
Mas, felizmente.... amanhã já é o início do fim-de-semana....
Hoje tirei um tempinho para ficar quieta, para despejar a confusão em que se transformaram os meus dias. Tenho trabalho, tenho mesmo muito trabalho, tanto ao ponto de não conseguir pensar em mais nada. Não vou ao cinema há mais de um mês, chego a casa sempre depois da 20h e nem tempo tenho para cozinhar, tenho uma pilha de roupa lavada para passar a ferro, tenho os armários da cozinha a pedirem-me mais mantimentos, tenho que ir às finanças e não consigo....
Dizes-me que é mesmo assim, que agora somos novos e estes esforços que fazemos vão ajudar-nos a ter estabilidade no futuro.
E eu não acredito. A partir de agora as coisas só vão piorar, as reponsabilidades só vão aumentar e o tempo vai ser sempre pouco demais para tanto.
Como é que se vive assim?
O que me vale é o pensar positivo. Chegar a casa e tentar desligar a ficha. Pôr aquele CD e cantar baixinho, esquecer que amanhã começa tudo outra vez.
Mas, felizmente.... amanhã já é o início do fim-de-semana....
quarta-feira, setembro 27
A girl with 25
terça-feira, setembro 19
Faz-me falta...
... os meus pais: as minhas raízes ficaram a mais de 300 km de distância. Faz-me falta a segurança, o carinho, a ajuda, o incentivo. O abraço e o amor que estão sempre longe quando deles mais precisamos.
... a Tina: a minha melhor amiga ficou em Coimbra. Faz-me falta pela companhia, pelas risadas, pelas confidências, pelas interminaveis viagens Viseu - Coimbra, pelas maluquices como saltar da cama às 2 manhã para ir beber um copo ao Dom Dinis. E pelas torradas com doce que comíamos às 5 da manhã ao chegar a casa.
... Coimbra: a cidade mais mágica do mundo, sinto falta de tudo, até das noitadas em branco a estudar e a ouvir o Oceano Pacífico. Dos amigos: Marco (fazem-me falta os filmes, as conversas à porta de tua casa, os passeios pela cidade no final de um dia de Julho) e Marta: faz-me falta a alegria e a convicção, a partilha de sonhos, o Couraça, sempre café no Couraça, as saídas à noite. Faz-me falta o amigo Carlos que se perdeu no país e não mais deu notícias. E todos os outros amigos que fui encontrando durante 4 anos, todos os amigos que me fizeram rir e chorar. Faz-me falta a varanda da minha casa virada para o Mondego e todas as horas que lá passei.
... o jornalismo: faz-me falta pelo ar descuidado e despreocupado, pelos leads que demoravam horas a sair em condições, pelo stress, pela A Capital, pela secção e Cultura & Lazer e pelo Info&Net, pelas palavras que deixei de escrever e por todas as que ainda tenho para escrever...
...
... a Tina: a minha melhor amiga ficou em Coimbra. Faz-me falta pela companhia, pelas risadas, pelas confidências, pelas interminaveis viagens Viseu - Coimbra, pelas maluquices como saltar da cama às 2 manhã para ir beber um copo ao Dom Dinis. E pelas torradas com doce que comíamos às 5 da manhã ao chegar a casa.
... Coimbra: a cidade mais mágica do mundo, sinto falta de tudo, até das noitadas em branco a estudar e a ouvir o Oceano Pacífico. Dos amigos: Marco (fazem-me falta os filmes, as conversas à porta de tua casa, os passeios pela cidade no final de um dia de Julho) e Marta: faz-me falta a alegria e a convicção, a partilha de sonhos, o Couraça, sempre café no Couraça, as saídas à noite. Faz-me falta o amigo Carlos que se perdeu no país e não mais deu notícias. E todos os outros amigos que fui encontrando durante 4 anos, todos os amigos que me fizeram rir e chorar. Faz-me falta a varanda da minha casa virada para o Mondego e todas as horas que lá passei.
... o jornalismo: faz-me falta pelo ar descuidado e despreocupado, pelos leads que demoravam horas a sair em condições, pelo stress, pela A Capital, pela secção e Cultura & Lazer e pelo Info&Net, pelas palavras que deixei de escrever e por todas as que ainda tenho para escrever...
...
segunda-feira, setembro 11
Bad monday
O Pacheco Pereira e o Mário Soares estão a falar sobre terrorismo e ordem mundial e estados unidos e 11 de Setembro.
Os vizinhos do lado falam alto que se farta.
A casa está tao silenciosa que quase consigo ouvir os meus próprios pensamentos a ruminar.
Estou sem vontade de fazer grande coisa.
Tive um dia da treta.
Ainda sem computador andei a mudar de mesa em mesa, o dia todo para conseguir trabalhar.
Doi-me a cabeça.
Tive que gramar com uma tiazorra que diz que faz jóias em cristais swarovsky mas que no fundo não passam de missangas baratas...E tenho tanto azar que quando me foi oferecer um anel os meus dedos são tão fininhos que todos os que ela tinha na exposição me escorregavam do dedo.
Jantei duas torradas com doce e um copo de leite, tarde e a más horas.
E hoje ainda é so segunda-feira.
Os vizinhos do lado falam alto que se farta.
A casa está tao silenciosa que quase consigo ouvir os meus próprios pensamentos a ruminar.
Estou sem vontade de fazer grande coisa.
Tive um dia da treta.
Ainda sem computador andei a mudar de mesa em mesa, o dia todo para conseguir trabalhar.
Doi-me a cabeça.
Tive que gramar com uma tiazorra que diz que faz jóias em cristais swarovsky mas que no fundo não passam de missangas baratas...E tenho tanto azar que quando me foi oferecer um anel os meus dedos são tão fininhos que todos os que ela tinha na exposição me escorregavam do dedo.
Jantei duas torradas com doce e um copo de leite, tarde e a más horas.
E hoje ainda é so segunda-feira.
quinta-feira, setembro 7
Colapso
A máquina andava a ameaçar desde o início da semana. E eu avisei, fartei-me de avisar que o raio do computador estava mais lento, que bloqueava por tudo e por nada, que era preciso ligar a impressora a outro PC, que tinha que reiniciar de meia em meia hora. Eu avisei, ninguém me ouviu. Resultado: todos os emails que acumulei durante um ano foram à vidinha deles juntamente com o disco.
E amanhã vou chegar ao escritório e passar o dia a ler revistas.
Eu avisei...
E amanhã vou chegar ao escritório e passar o dia a ler revistas.
Eu avisei...
terça-feira, setembro 5
Lisboa
Comecei a semana com uma atitude positiva. É assim que temos que ser...positivos.
Ok, há coisas que podiam ser melhores, há coisas que gostaríamos de mudar, há coisas que nos aborrecem e nos deixam em baixo de vez em quando, mas temos que pensar positivo.
Toda a gente que eu conheço que não mora em Lisboa e que pensa que Lisboa é só confusão, stress, barulho, trânsito e tudo de pior que possa existir, me pergunta porque é que eu continuo aqui, porque é que eu não tento arranjar um emprego em Viseu, onde tudo é mais calmo, onde estou perto da família, onde poupo dinheiro na renda, onde a vida é mais barata e mais calma.
E eu tenho dificuldades em explicar os meus motivos. Porque só quem vive aqui sabe porque é bom viver aqui. Já ninguém cai naquela conversa do emprego e das oportunidades. E por muito que eu faça uma lista de coisas boas que Lisboa tem, no final da conversa o comentário é sempre o mesmo "devias era voltar para cá".
No sábado armei-me em turista de máquina fotográfica ao ombro e parti à re-descoberta da Baixa, tomei um café na Brasileira, fiz compras nos Armazéns do Chiado. Fui jantar à Adega do Teixeira no Bairro Alto...
Ontem dei por mim a cantar num Pavilhão Atlântico cheio, ou à beira disso, aquelas músicas que eu ouvia tantas vezes há uns anos atrás... Confesso que nem conhecia bem o novo álbum, mas isso não interessa nada porque quando se gosta de Pearl Jam, gosta-se mesmo e para sempre. E apesar de ter chegado a casa tardíssimo, de ter adormecido já passava das 2 da manhã, acordei hoje com uma vontade incrível de sair para a rua e repetir a rotina.
É por isto que eu gosto de Lisboa...
Ok, há coisas que podiam ser melhores, há coisas que gostaríamos de mudar, há coisas que nos aborrecem e nos deixam em baixo de vez em quando, mas temos que pensar positivo.
Toda a gente que eu conheço que não mora em Lisboa e que pensa que Lisboa é só confusão, stress, barulho, trânsito e tudo de pior que possa existir, me pergunta porque é que eu continuo aqui, porque é que eu não tento arranjar um emprego em Viseu, onde tudo é mais calmo, onde estou perto da família, onde poupo dinheiro na renda, onde a vida é mais barata e mais calma.
E eu tenho dificuldades em explicar os meus motivos. Porque só quem vive aqui sabe porque é bom viver aqui. Já ninguém cai naquela conversa do emprego e das oportunidades. E por muito que eu faça uma lista de coisas boas que Lisboa tem, no final da conversa o comentário é sempre o mesmo "devias era voltar para cá".
No sábado armei-me em turista de máquina fotográfica ao ombro e parti à re-descoberta da Baixa, tomei um café na Brasileira, fiz compras nos Armazéns do Chiado. Fui jantar à Adega do Teixeira no Bairro Alto...
Ontem dei por mim a cantar num Pavilhão Atlântico cheio, ou à beira disso, aquelas músicas que eu ouvia tantas vezes há uns anos atrás... Confesso que nem conhecia bem o novo álbum, mas isso não interessa nada porque quando se gosta de Pearl Jam, gosta-se mesmo e para sempre. E apesar de ter chegado a casa tardíssimo, de ter adormecido já passava das 2 da manhã, acordei hoje com uma vontade incrível de sair para a rua e repetir a rotina.
É por isto que eu gosto de Lisboa...
quinta-feira, agosto 31
à deriva
Não consigo lidar muito bem com o facto do sucesso do meu trabalho não depender apenas de mim.
Fazemos o melhor que sabemos e podemos.
Já me arranha a voz de tanto argumentar ao telefone...
Esgotei os números para onde ligar.
Tudo parece encaminhado.
Mas,
o editor não achou interessante,
o espaço não dava nem para uma breve,
era tarde demais para ir recolher imagens, ouvir pontos de vista...
E,
o meu esforço, o meu valioso trabalho resume-se a nada.
Não importa o que façamos, se não foi noticiado, se ninguém viu nada nem ouviu falar, foi um fracasso.
Não, não é justo. Sim, é trabalhar às escuras.
E amanhã começa tudo outra vez...
Fazemos o melhor que sabemos e podemos.
Já me arranha a voz de tanto argumentar ao telefone...
Esgotei os números para onde ligar.
Tudo parece encaminhado.
Mas,
o editor não achou interessante,
o espaço não dava nem para uma breve,
era tarde demais para ir recolher imagens, ouvir pontos de vista...
E,
o meu esforço, o meu valioso trabalho resume-se a nada.
Não importa o que façamos, se não foi noticiado, se ninguém viu nada nem ouviu falar, foi um fracasso.
Não, não é justo. Sim, é trabalhar às escuras.
E amanhã começa tudo outra vez...
terça-feira, agosto 29
Memória
"Nem sequer sobrevivemos na memória dos outros. A ciência destruiu esse mito. Cada vez que recordamos alguma coisa, estamos na realidade a recordar a última vez que o recordámos, pois a memória não vai à marca original, à primeira coisa que se gravou, mas sim à última. A memória dos seres humanos é virtual, como a dos computadores. Ao abrir um arquivo, não estamos a abrir o que era quando o criámos pela primeira vez, mas sim o que ficou da última vez que o usámos. É o recurso mais sofisticado do nosso cérebro contra a dor".
Mentira de Henrique de Hériz
O livro que, por esta altura, ocupa a minha cabeceira e me faz companhia nas pequenas viagens de rotina...E, não sou eu que o digo, mas bem podia ser, é um dos melhores romances espanhóis das últimas décadas...
domingo, agosto 27
Dia 0 de mais uma semana
Mais uma viagem, a mesma de sempre, a mesma rotina.
À chegada peguei num saco que não era meu mas era igualzinho, o meu já não estava lá.
Pânico. As minhas roupas, os meus cremes e o meu perfume, a minha maquilhagem, os meus sapatinhos lindos, o meu carregador de telemóvel e o carregador do MP3... tudo nas mãos de outra pessoa, não sei onde, tudo perdido entre Viseu e Lisboa, sabe-se lá onde poderiam estar.
Abri o saco que tinha nas mãos. A primeira coisa que pensei foi: quando virem as minhas coisinhas lindas vão ficar com elas. Não consegui perceber o que estava dentro do saco: roupa suja misturada com uns chinelos de praia pretos de tão gastos e imundos, uma escova de cabelo cheia de cabelos e um secador dos anos 80. Pânico.
Fecho o saco e entrego-o juntamente com o meu número de telemóvel, para o caso da pessoa ser honesta como eu e querer os seus haveres.
Venho para casa de mãos a abanar. Pouco depois ligam-se.
O meu saquinho foi parar a Abrantes, deu uma voltinha maior do que o habitual, mas voltou para mim, com tudo lá dentro....
E eu penso no valor que damos às coisas, aos objectos. Podem não ser grande coisa mas são nossos, têm uma história. Que valor têm os nossos objectos quando já não os temos?
À chegada peguei num saco que não era meu mas era igualzinho, o meu já não estava lá.
Pânico. As minhas roupas, os meus cremes e o meu perfume, a minha maquilhagem, os meus sapatinhos lindos, o meu carregador de telemóvel e o carregador do MP3... tudo nas mãos de outra pessoa, não sei onde, tudo perdido entre Viseu e Lisboa, sabe-se lá onde poderiam estar.
Abri o saco que tinha nas mãos. A primeira coisa que pensei foi: quando virem as minhas coisinhas lindas vão ficar com elas. Não consegui perceber o que estava dentro do saco: roupa suja misturada com uns chinelos de praia pretos de tão gastos e imundos, uma escova de cabelo cheia de cabelos e um secador dos anos 80. Pânico.
Fecho o saco e entrego-o juntamente com o meu número de telemóvel, para o caso da pessoa ser honesta como eu e querer os seus haveres.
Venho para casa de mãos a abanar. Pouco depois ligam-se.
O meu saquinho foi parar a Abrantes, deu uma voltinha maior do que o habitual, mas voltou para mim, com tudo lá dentro....
E eu penso no valor que damos às coisas, aos objectos. Podem não ser grande coisa mas são nossos, têm uma história. Que valor têm os nossos objectos quando já não os temos?
terça-feira, agosto 22
Silly season: dia nº 22
Sabem o que é que sabe mesmo bem?
Acabar o dia com a sensação de dever cumprido no trabalho
Calçar os tenis e sair para a rua...suar até ficarmos esgoatados
Chegar a casa... tomar um banho demorado...andar pela casa enrolada na toalha com o cabelo molhado a pingar a pele
Fazer uma salada de queijo fresco e salmão
Comer com preguiça e assistir à discussão entre o Eduardo Cintra Torres e o Luís Marinho no Jornal do Mário Crespo na SIC Notícias
Ouvir o Coiote da Antena 3 e escrever um post...
Ouvir o Indigente da Antena 3 enquanto leio, até adormecer...
Acabar o dia com a sensação de dever cumprido no trabalho
Calçar os tenis e sair para a rua...suar até ficarmos esgoatados
Chegar a casa... tomar um banho demorado...andar pela casa enrolada na toalha com o cabelo molhado a pingar a pele
Fazer uma salada de queijo fresco e salmão
Comer com preguiça e assistir à discussão entre o Eduardo Cintra Torres e o Luís Marinho no Jornal do Mário Crespo na SIC Notícias
Ouvir o Coiote da Antena 3 e escrever um post...
Ouvir o Indigente da Antena 3 enquanto leio, até adormecer...
segunda-feira, agosto 21
Teorias da felicidade
Há uma teoria da felicidade daquelas de trazer por casa que diz, na sua versão positiva, que quando tudo corre mal, virá algo de muito bom para amainar a tempestade e tranquilizar a alma. Depois há a versão negativa que diz que quando tudo corre bem avizinham-se desgraças e tormentos.
Eu não sou nada pessimista. Posso estar um pouco mais em baixo, desanimada, a pensar que não tenho nada do que quero ter, que ainda sou pouco do que quero ser, mas no dia a seguir já estou a arregaçar as mangas e a seguir em frente de cabeça no ar. Mas, (há sempre um mas nestas coisas), nos últimos dias, e isto de trabalhar em sáude também condiciona a coisa, dou comigo a pensar que a minha vida me anda a correr bem há algum tempo e que poderá vir desventura ao virar da esquina.
Quer dizer, na verdade estes pensamentos devem-se ao facto de saber que várias pessoas amigas, conhecidas, amigas de amigos estão a deparar-se com problemas de saúde, que no fundo é o essencial para tudo o resto. Como diz a minha sábia mãe, podemos ter tudo, mas sem saúde nada mais tem valor.
Ora eu que sempre fui uma rapariga saudável, exceptuando as minhas terríveis crises de rinite alérgica na Primavera, pergunto-me o que estará reservado para mim... Não fumo, não bebo bebidas alcoólicas, pratico desporto, não apanho sol em exagero nem nas horas de maior calor, tenho uma alimentação cuidada... Mas será que isto adianta alguma coisa, será que no fundo não temos já a nossa história traçada e caminhamos apenas ao encontro dela até ao juízo final?
Eu não sou nada pessimista. Posso estar um pouco mais em baixo, desanimada, a pensar que não tenho nada do que quero ter, que ainda sou pouco do que quero ser, mas no dia a seguir já estou a arregaçar as mangas e a seguir em frente de cabeça no ar. Mas, (há sempre um mas nestas coisas), nos últimos dias, e isto de trabalhar em sáude também condiciona a coisa, dou comigo a pensar que a minha vida me anda a correr bem há algum tempo e que poderá vir desventura ao virar da esquina.
Quer dizer, na verdade estes pensamentos devem-se ao facto de saber que várias pessoas amigas, conhecidas, amigas de amigos estão a deparar-se com problemas de saúde, que no fundo é o essencial para tudo o resto. Como diz a minha sábia mãe, podemos ter tudo, mas sem saúde nada mais tem valor.
Ora eu que sempre fui uma rapariga saudável, exceptuando as minhas terríveis crises de rinite alérgica na Primavera, pergunto-me o que estará reservado para mim... Não fumo, não bebo bebidas alcoólicas, pratico desporto, não apanho sol em exagero nem nas horas de maior calor, tenho uma alimentação cuidada... Mas será que isto adianta alguma coisa, será que no fundo não temos já a nossa história traçada e caminhamos apenas ao encontro dela até ao juízo final?
terça-feira, agosto 15
De regresso
Voltei.
Dos lugares que nas últimas duas semanas me acolheram guardo o descanso e algumas decisões. Voltei com ideias novas, quer dizer talvez as mesmas ideias de sempre, mas agora com uma outra vontade, a de as concretizar, custe o que custar.
Tinha saudades deste meu cantinho e de tudo o que ele significa.
Amanhã volto a pisar terra firme, com algumas areias movediças às quais tenciono levar a melhor...
Dos lugares que nas últimas duas semanas me acolheram guardo o descanso e algumas decisões. Voltei com ideias novas, quer dizer talvez as mesmas ideias de sempre, mas agora com uma outra vontade, a de as concretizar, custe o que custar.
Tinha saudades deste meu cantinho e de tudo o que ele significa.
Amanhã volto a pisar terra firme, com algumas areias movediças às quais tenciono levar a melhor...
terça-feira, julho 25
Insónias
Cada vez mais me convenço de que a vida são dois dias e que a felicidade é relativamente impossível. Porque somos insatisfeitos por natureza. Porque queremos sempre mais. Porque quando pensamos que conseguimos assentar as rodas no alcatrão, colocar os carris no lugar certo, acontece alguma coisa que nos fura o pneu, que nos faz descarrilar, esbarrar contra o vazio das coisas.
Tenho medo das doenças de que falo todos os dias, que se passam a minha volta, que batem à porta de conhecidos, amigos, familia e lhes destroem os sonhos.
Tenho receio de não tomar as decisões certas, e adio-as até ser inevitável. Fico ali dividida entre os dois lados da balança cheia de dúvidas que me tornam insuportável. Tenho vontade viver os mesmos dias de outrota e medo de voltar a cometer os mesmos erros. Tenho medo de adormecer nas rotinas, de não saber, de não querer saber...
Quanto vale o tempo que tivemos? E o que ainda temos?
E o que somos depois do nosso tempo passar? Nada... para além do soubemos fazer melhor...E o que é o meu melhor?
Tenho medo das doenças de que falo todos os dias, que se passam a minha volta, que batem à porta de conhecidos, amigos, familia e lhes destroem os sonhos.
Tenho receio de não tomar as decisões certas, e adio-as até ser inevitável. Fico ali dividida entre os dois lados da balança cheia de dúvidas que me tornam insuportável. Tenho vontade viver os mesmos dias de outrota e medo de voltar a cometer os mesmos erros. Tenho medo de adormecer nas rotinas, de não saber, de não querer saber...
Quanto vale o tempo que tivemos? E o que ainda temos?
E o que somos depois do nosso tempo passar? Nada... para além do soubemos fazer melhor...E o que é o meu melhor?
segunda-feira, julho 24
Um ano depois...as férias
Começamos a perceber que somos alguém quando vamos de férias e temos coisas para deixar aos colegas. Quando percebemos que há pessoas que dependem de nós e que quando não estamos, ficam assim meio perdidas sem respostas para as perguntas que insistentemente nos fazem. É bom, desde que o telemóvel não toque durante o merecido descanso.
Estou a contar os dias para desaparecer daqui. Para partir para outras paragens e esquecer que tenho pessoas que me chamam por tudo e por nada. Quero recarregar baterias e começar de novo. Mais forte e segura.
Há um ano por estes dias vivia a, até então, pior semana da minha vida. Um ano passou desde que A Capital chegou às bancas pela última vez, nesse dia pensei que ia desaparecer também. Entretanto os meus projectos de vida foram mudando e mudando a maneira como encaro os dias e o futuro. O jornalismo ficou em segundo ou terceiro plano. Num plano que por enquanto está longe, e assim quero que fique.
Faço comunicação sobre outra perspectiva mais crua, mais fria, menos ingénua, sobretudo mais realista do que o jornalismo que ainda vive de utopias.
Um ano depois faço a mala com a certeza de que tenho um sítio para onde voltar...
Estou a contar os dias para desaparecer daqui. Para partir para outras paragens e esquecer que tenho pessoas que me chamam por tudo e por nada. Quero recarregar baterias e começar de novo. Mais forte e segura.
Há um ano por estes dias vivia a, até então, pior semana da minha vida. Um ano passou desde que A Capital chegou às bancas pela última vez, nesse dia pensei que ia desaparecer também. Entretanto os meus projectos de vida foram mudando e mudando a maneira como encaro os dias e o futuro. O jornalismo ficou em segundo ou terceiro plano. Num plano que por enquanto está longe, e assim quero que fique.
Faço comunicação sobre outra perspectiva mais crua, mais fria, menos ingénua, sobretudo mais realista do que o jornalismo que ainda vive de utopias.
Um ano depois faço a mala com a certeza de que tenho um sítio para onde voltar...
quinta-feira, julho 20
A nossa Nintendo DS Lite
Eis que descobri o mundo dos videojogos. É certo que já tinha tido algumas experiências em PC’s e em tardes de PlayStation a aturar o meu afilhado, mas a coisa nunca me tinha convencido muito.
Até... ter tido contacto com esse grande invento da tecnologia: a Nintendo DS Lite. Um estudo divulgado recentemente diz que o vício provocado pelos videojogos é semelhante ao da cocaína, meus amigos só vos tenho a dizer que é um vício messsssmoooo bom...
O jogo que mais tempo me rouba é o Brain Training, que basicamente nos obriga a fazer cálculos mentais e através de pequenos jogos avalia a nossa idade cerebral... Mas, para tal é necessário jogar todos os dias. O Dr. Kawashima, que é quem nos guia pelo jogo, vai-nos dando dicas, para durante o dia exercitarmos a nossa actividade cerebral.
Só vos tenho a dizer que a consola nem sequer é minha mas há duas semana que não a largo.
Estou a pensar comprar uma cor-de-rosa quando chegar ao mercado português...
Ontem estive ate à 1 da manha a jogar Sudoku...
Estarei viciada?
Até... ter tido contacto com esse grande invento da tecnologia: a Nintendo DS Lite. Um estudo divulgado recentemente diz que o vício provocado pelos videojogos é semelhante ao da cocaína, meus amigos só vos tenho a dizer que é um vício messsssmoooo bom...
O jogo que mais tempo me rouba é o Brain Training, que basicamente nos obriga a fazer cálculos mentais e através de pequenos jogos avalia a nossa idade cerebral... Mas, para tal é necessário jogar todos os dias. O Dr. Kawashima, que é quem nos guia pelo jogo, vai-nos dando dicas, para durante o dia exercitarmos a nossa actividade cerebral.
Só vos tenho a dizer que a consola nem sequer é minha mas há duas semana que não a largo.
Estou a pensar comprar uma cor-de-rosa quando chegar ao mercado português...
Ontem estive ate à 1 da manha a jogar Sudoku...
Estarei viciada?
quinta-feira, julho 6
sorrir e acenar...
Eu bem que pensava que Julho ía ser um mês calmo, mas as reuniões começam a preencher a minha agenda ao ritmo de uma por dia. E eu que cada vez tenho menos paciência para fazer aquelas conversas de circunstância, dou por mim, dois dias seguidos, a conversar com pessoas que falam que se fartam das suas vidas e de futebol e do estado em que se encontra o nosso país, cada vez pior, sem emprego , sem perspectivas...
E eu tento virar o assunto para o que interessa e falar de uma doença que afecta 500 mil portugueses e que será a sexta causa de morte no mundo em 2020 e cuja causa principal é o tabaco... e ela acende mais um cigarro.
E eu espanto mais uma mosca que não me larga a pele e mudo de posição na cadeira de metal que me deixa as calças coladas às pernas... E tento acabar a conversa três vezes, e ela pede mais um café e eu olho à volta e sorrio...just smile and wave girls, smile ang wave, that's the only way you can do this...
E eu tento virar o assunto para o que interessa e falar de uma doença que afecta 500 mil portugueses e que será a sexta causa de morte no mundo em 2020 e cuja causa principal é o tabaco... e ela acende mais um cigarro.
E eu espanto mais uma mosca que não me larga a pele e mudo de posição na cadeira de metal que me deixa as calças coladas às pernas... E tento acabar a conversa três vezes, e ela pede mais um café e eu olho à volta e sorrio...just smile and wave girls, smile ang wave, that's the only way you can do this...
quarta-feira, julho 5
Portuguesas versus Francesas
O Scolari está a falar à nação.. depois de 90 e tal minutos a ver se a bola entrava na baliza da França, sem resultados, só me lembro de uma coisa: as francesas não fazem a depilação nas axilas.
Nós, portuguesas teríamos uma claque muito mais bonita no último jogo deste mundial...
Nós, portuguesas teríamos uma claque muito mais bonita no último jogo deste mundial...
segunda-feira, julho 3
Coisas para fazer
Acho que estou a perder aquela vontade e o prazer de escrever que tinha antes...
Não sei se é por falta de tempo ou por falta de motivos mas tenho deixado andar os dias sem me sentar em frente ao monitor e despejar as coisas que cá vão dentro.
Não há muito a dizer, é certo, mas sempre tive tanta necessidade de marcar no papel os sentidos e sentimentos que não sei ser sem isso...E ao mesmo tempo sempre que o faço não sei o que escrever.
Quando ando de comboio tenho uma tendência para pensar na vida, nas coisas que gostava de fazer, nos sonhos, nas frustações. Dei por mim, numa das últimas viagens e ao virar a ultima pagina do mais recente livro de Paul Auster, a pensar que seria bom ter um projecto só meu, do género escrever um livro. É uma tontice, mas sinto falta de ter alguma coisa que me prenda quando chego a casa... obrigar-me a concentrar, a ponderar, a procurar as palavras...
O vento suave entra-me pela janela e traz-me o cheiro a comida da vizinha do andar de baixo. Penso que amanhã vou ter outro dia com pouco para fazer, e penso que terei dias sem tempo para fazer tanta coisa. Penso nas férias e nos sítios que quero vistar. Penso nos meus pais, longe. Penso na solidão. Penso em estudar novamente. Penso em nós. Nos sonhos que temos e no tempo que passa a correr...
Estive a fazer um refresh dos cds que tenho espalhados pelas prateleiras, sabe bem ouvir coisas que não gostámos quando as ouvimos pela primeira vez...
Sigur Rós faz-me companhia hoje...novamente.
Não sei se é por falta de tempo ou por falta de motivos mas tenho deixado andar os dias sem me sentar em frente ao monitor e despejar as coisas que cá vão dentro.
Não há muito a dizer, é certo, mas sempre tive tanta necessidade de marcar no papel os sentidos e sentimentos que não sei ser sem isso...E ao mesmo tempo sempre que o faço não sei o que escrever.
Quando ando de comboio tenho uma tendência para pensar na vida, nas coisas que gostava de fazer, nos sonhos, nas frustações. Dei por mim, numa das últimas viagens e ao virar a ultima pagina do mais recente livro de Paul Auster, a pensar que seria bom ter um projecto só meu, do género escrever um livro. É uma tontice, mas sinto falta de ter alguma coisa que me prenda quando chego a casa... obrigar-me a concentrar, a ponderar, a procurar as palavras...
O vento suave entra-me pela janela e traz-me o cheiro a comida da vizinha do andar de baixo. Penso que amanhã vou ter outro dia com pouco para fazer, e penso que terei dias sem tempo para fazer tanta coisa. Penso nas férias e nos sítios que quero vistar. Penso nos meus pais, longe. Penso na solidão. Penso em estudar novamente. Penso em nós. Nos sonhos que temos e no tempo que passa a correr...
Estive a fazer um refresh dos cds que tenho espalhados pelas prateleiras, sabe bem ouvir coisas que não gostámos quando as ouvimos pela primeira vez...
Sigur Rós faz-me companhia hoje...novamente.
domingo, junho 18
Crónica de um final de férias
Se tiver em conta a tempestade que tomou conta do país na semana que passou, até que as minhas férias não foram más. Mas desta vez o corpinho ao sol e o livrinho na mão foram ameaçados diariamente por nuvens carregadas que teimavam em baixar a temperatura e esconder o sol...
Aliás eu nunca passei tanto tempo a olhar para o céu, a tentar perceber o movimento das nuvens e a chegada da chuva. Mas eu que sou uma pessoa aventureira e que não sai da praia a não ser que seja levada por um tufão, posso assegurar-vos que tomar um banho de mar quando caem os primeiros pingos de uma tromba de água é delicioso...
Amanhã é dia de regresso ao trabalho e às velhas rotinas.
Mas esta pausa serviu para pensar nas prioridades e para pensar em começar algo de novo...
Aliás eu nunca passei tanto tempo a olhar para o céu, a tentar perceber o movimento das nuvens e a chegada da chuva. Mas eu que sou uma pessoa aventureira e que não sai da praia a não ser que seja levada por um tufão, posso assegurar-vos que tomar um banho de mar quando caem os primeiros pingos de uma tromba de água é delicioso...
Amanhã é dia de regresso ao trabalho e às velhas rotinas.
Mas esta pausa serviu para pensar nas prioridades e para pensar em começar algo de novo...
terça-feira, maio 23
Futebol..
A minha relação com o futebol é assim um misto de indiferença e desprezo. Não tenho clube, não me importo com campeonatos e quero distância de conversas sobre transferências de jogadores e treinadores.
Não tendo eu paciência para notícias sobre futebol, fico extremamente preocupada quando penso que ainda nem começou o Mundial e a minha antena de ligação à actualidade já me diz que atingi o limite. Pessoal, por muito que todos gostássemos, alguém acredita mesmo que vamos ganhar o Mundial? Ou que vamos repetir a proeza do Euro 2004?
Eu não sou pessimista mas não estou muito crente...
E iniciativas como a bandeira da mulherada só tornam a coisa pior. Mas quem é que se mete num trânsito infernal num sábado a tarde com uma temperatura que acaba com qualquer protector solar factor 50 para formar uma bandeira?
Não há paciência para tanta notícia sobre o Ronaldo e Figo e companhia. No meio de todas as coisas que se dizem da selecção, interessou-me particularmente uma reportagem sobre o que é que os jogadores levavam na mala para o estágio. O Nuno Gomes e o Petit, criaturas inocentes nestas andanças da comunicação social disseram que levavam o novo filme da Sharon Stone, ora o dito cujo ainda não está disponível em DVD. Quem gostou de ouvir tais declarações foi a PJ que quis saber como é que o filme foi parar à malinha do Nuno Gomes...
Já estou a ver a notícia: Mulherada da bandeira manifesta-se na PJ exigindo libertação de Nuno Gomes, preso após terem sido descobertos 1000 filmes piratas nas suas várias residências.
Não tendo eu paciência para notícias sobre futebol, fico extremamente preocupada quando penso que ainda nem começou o Mundial e a minha antena de ligação à actualidade já me diz que atingi o limite. Pessoal, por muito que todos gostássemos, alguém acredita mesmo que vamos ganhar o Mundial? Ou que vamos repetir a proeza do Euro 2004?
Eu não sou pessimista mas não estou muito crente...
E iniciativas como a bandeira da mulherada só tornam a coisa pior. Mas quem é que se mete num trânsito infernal num sábado a tarde com uma temperatura que acaba com qualquer protector solar factor 50 para formar uma bandeira?
Não há paciência para tanta notícia sobre o Ronaldo e Figo e companhia. No meio de todas as coisas que se dizem da selecção, interessou-me particularmente uma reportagem sobre o que é que os jogadores levavam na mala para o estágio. O Nuno Gomes e o Petit, criaturas inocentes nestas andanças da comunicação social disseram que levavam o novo filme da Sharon Stone, ora o dito cujo ainda não está disponível em DVD. Quem gostou de ouvir tais declarações foi a PJ que quis saber como é que o filme foi parar à malinha do Nuno Gomes...
Já estou a ver a notícia: Mulherada da bandeira manifesta-se na PJ exigindo libertação de Nuno Gomes, preso após terem sido descobertos 1000 filmes piratas nas suas várias residências.
sexta-feira, maio 19
Lisboa
Quando me meti pela primeira vez num autocarro da Rede Expressos rumo a Lisboa, não sabia o que me esperava. Achei a viagem horrivel e interminável. Pensei logo que não conseguiria aguentar aquilo por muito tempo, aquela distância física e psicológica das minhas verdadeiras raízes.
Primeiro tudo me parecia mau. Uma casa feia, numa zona que eu não sabia muito bem se era central, se era manhosa. Andava na rua desconfiada, a olhar para tras. Não me aventurava muito em sitios que não conhecia.
Depois comecei a ter uma rotina. A ter que ir trabalhar para sitios que eu não fazia a minima ideia onde ficavam. E comecei a alargar os meus horizontes. E a entranhar a cidade.
E depois de viagens Viseu-Lisboa que já perdi de conta e de percorrer estas ruas a pé e de taxi. E depois de dois anos a desenrascar-me, a conquistar o meu espaço aqui, a enraizar-me no meio dos outros desconhecidos, chego à conclusão de que gosto muito de fazer parte desta cidade... sabe bem sentir que nos conseguimos adaptar...
Primeiro tudo me parecia mau. Uma casa feia, numa zona que eu não sabia muito bem se era central, se era manhosa. Andava na rua desconfiada, a olhar para tras. Não me aventurava muito em sitios que não conhecia.
Depois comecei a ter uma rotina. A ter que ir trabalhar para sitios que eu não fazia a minima ideia onde ficavam. E comecei a alargar os meus horizontes. E a entranhar a cidade.
E depois de viagens Viseu-Lisboa que já perdi de conta e de percorrer estas ruas a pé e de taxi. E depois de dois anos a desenrascar-me, a conquistar o meu espaço aqui, a enraizar-me no meio dos outros desconhecidos, chego à conclusão de que gosto muito de fazer parte desta cidade... sabe bem sentir que nos conseguimos adaptar...
quinta-feira, maio 18
Actualização do estado de humor...
Ando alheada de mim mesma. Sem me dar atenção, descurando o que se passa e quem está à minha volta. Não tenho já paciência para as mesmas coisas e tenho a sensação de que me deixei levar pela rotina e pelo trabalho.
Maio é um mês para esquecer. O trabalho entranhou-se de tal modo nos poros da minha pele que nem o banho, ao final do dia, mo tira do corpo.
Não há um único dia em que não espirre pelo menos umas 50 vezes e gaste os 100 lenços de papel que trago na carteira. Malditas alergias. Ontem, depois de 12 horas de crise no Dia do Iogurte caí na cama e mal respirava tal o grau de obstrução das vias nasais. Foi tal o desespero que até um Zirtec fora da validade tomei...
Tenho dois casamentos nos próximos 20 dias. Preciso de ir às compras e nem vontade tenho para isso. Trabalhar é bom para não gastarmos dinheiro. Estamos tão ocupados que nem pensamos em gastar. Há umas 3 semanas que não vejo o meu saldo bancário, só pode ser bom sinal...
Tenho a vida toda à minha frente e não consigo fugir do que me prende aqui. Como é que se faz para não sermos só o que fazemos no dia-a-dia?
Maio é um mês para esquecer. O trabalho entranhou-se de tal modo nos poros da minha pele que nem o banho, ao final do dia, mo tira do corpo.
Não há um único dia em que não espirre pelo menos umas 50 vezes e gaste os 100 lenços de papel que trago na carteira. Malditas alergias. Ontem, depois de 12 horas de crise no Dia do Iogurte caí na cama e mal respirava tal o grau de obstrução das vias nasais. Foi tal o desespero que até um Zirtec fora da validade tomei...
Tenho dois casamentos nos próximos 20 dias. Preciso de ir às compras e nem vontade tenho para isso. Trabalhar é bom para não gastarmos dinheiro. Estamos tão ocupados que nem pensamos em gastar. Há umas 3 semanas que não vejo o meu saldo bancário, só pode ser bom sinal...
Tenho a vida toda à minha frente e não consigo fugir do que me prende aqui. Como é que se faz para não sermos só o que fazemos no dia-a-dia?
quarta-feira, abril 26
home sweet money
Nada de novo no horizonte.
O trabalho ganha volume de tal forma que sinto que está para breve o momento em que vou ser levada por uma tromba de água. E vou demorar um mês a vir à superfície!
Fui finalmente ao banco informar-me sobre as possibilidades de endividamento. E não ouvi nada que já não soubesse, quer compre uma barraca em Chelas ou um pequeno palácio na Expo a situação é a mesma, há 100% de probabilidades de eu só ter a casa paga quando for muito velhinha (ainda que mantendo o charme, claro) de nos próximos 40 anos ter apenas dinheiro para comer e pouco mais. Acabaram-se as loucuras na Zara e as malas da Parfois e os cremes e tónicos para tudo e mais alguma coisa.
Uma pessoa acredita que até ganha um salário jeitosinho, que tem poder de compra, que consegue aguentar-se, apesar da crise, mas um gerente de banco troca-nos logo os planos. E de um momento para o outro sentimo-nos as pessoas mais pobres do mundo...
O trabalho ganha volume de tal forma que sinto que está para breve o momento em que vou ser levada por uma tromba de água. E vou demorar um mês a vir à superfície!
Fui finalmente ao banco informar-me sobre as possibilidades de endividamento. E não ouvi nada que já não soubesse, quer compre uma barraca em Chelas ou um pequeno palácio na Expo a situação é a mesma, há 100% de probabilidades de eu só ter a casa paga quando for muito velhinha (ainda que mantendo o charme, claro) de nos próximos 40 anos ter apenas dinheiro para comer e pouco mais. Acabaram-se as loucuras na Zara e as malas da Parfois e os cremes e tónicos para tudo e mais alguma coisa.
Uma pessoa acredita que até ganha um salário jeitosinho, que tem poder de compra, que consegue aguentar-se, apesar da crise, mas um gerente de banco troca-nos logo os planos. E de um momento para o outro sentimo-nos as pessoas mais pobres do mundo...
terça-feira, abril 18
o texto que se segue não faz sentido nenhum...
Acabo as noites sempre da mesma maneira. Um complemento do trabalho. Uma perninha que faço para me lembrar do jornalismo e para ganhar mais uns trocos.
A Primavera confunde-me. Acordo de manhã e nunca sei o que vestir. Olho para o armário com vontade de escolher um top mas o tempo ainda não convida e opto sempre pelas camisas...
Continuo com vontade de mudar de casa, mas sem tempo para a procurar. Lembro-me todos os dias da necessidade imperativa de ter um espaço só meu quando ouço uma chave a rodar na fechadura sem saber quem será. Mas já nem sei o quero e o que posso. Sabem quando fixamos a ideia numa coisa de tal modo que não vemos as outras possibilidades à nossa volta?
Sinto-me assim em tudo.
Escrevo sempre sobre os mesmos temas.
De manhã acabo por vestir sempre as mesmas coisas porque tenho sono e pressa e não me apetece estar a fazer novas combinações.
O trabalho corre bem, mas desde que me instalei que deixei de abrir a janela e procurar novas possibilidades.
O mundo é um lugar estranho. Nunca chegamos a fazer parte dele verdadeiramente. Vamos criando raízes nos sitios sem nunca nos enraizarmos porque nunca estaremos suficientemente bem para o fazer.
Tenho a noção de que entro nas portas que já estão abertas à minha passagem e mesmo tendo a chave de outras tantas, nunca as chego a abrir porque não me apetece procurar o buraco da fechadura...
A Primavera confunde-me. Acordo de manhã e nunca sei o que vestir. Olho para o armário com vontade de escolher um top mas o tempo ainda não convida e opto sempre pelas camisas...
Continuo com vontade de mudar de casa, mas sem tempo para a procurar. Lembro-me todos os dias da necessidade imperativa de ter um espaço só meu quando ouço uma chave a rodar na fechadura sem saber quem será. Mas já nem sei o quero e o que posso. Sabem quando fixamos a ideia numa coisa de tal modo que não vemos as outras possibilidades à nossa volta?
Sinto-me assim em tudo.
Escrevo sempre sobre os mesmos temas.
De manhã acabo por vestir sempre as mesmas coisas porque tenho sono e pressa e não me apetece estar a fazer novas combinações.
O trabalho corre bem, mas desde que me instalei que deixei de abrir a janela e procurar novas possibilidades.
O mundo é um lugar estranho. Nunca chegamos a fazer parte dele verdadeiramente. Vamos criando raízes nos sitios sem nunca nos enraizarmos porque nunca estaremos suficientemente bem para o fazer.
Tenho a noção de que entro nas portas que já estão abertas à minha passagem e mesmo tendo a chave de outras tantas, nunca as chego a abrir porque não me apetece procurar o buraco da fechadura...
domingo, abril 9
Quem vai ao IKEA quer casa...
Ir ao IKEA é o pior erro para quem não tem casa própria. Temos vontade de comprar tudo o que vemos à nossa frente e o entusiasmo esvai-se ao pensar que não temos sítio só nosso para por o que quer que seja. Ainda assim não resiti em comprar mais uns objectos para o meu quartinho que está agora cheio como um ovo..cheio de pequenas coisas que me fazem sentir em casa, apesar de tudo...
Hoje foi dia de mais uma visita a uma casa à venda. De longe a melhor de todas as que vi até agora, com o Tejo à espreita em todas as janelas... Mas eu sou de facto esquisita e muito mesquinha nos pormenores, tenho que confessar. Estou a espera de encontrar uma casa que eu sinta que tenha a ver comigo e isso ainda não aconteceu...
Hoje foi dia de mais uma visita a uma casa à venda. De longe a melhor de todas as que vi até agora, com o Tejo à espreita em todas as janelas... Mas eu sou de facto esquisita e muito mesquinha nos pormenores, tenho que confessar. Estou a espera de encontrar uma casa que eu sinta que tenha a ver comigo e isso ainda não aconteceu...
quarta-feira, abril 5
Em casa partilhada....
Sabem quando é que sabemos que não dá mais para viver na mesma casa com uma pessoa?
Quando ela nos tira da despensa um rolo de papel higiénico e o esconde no cesto da roupa suja na casa de banho para eu não dar conta que ela mo roubou à socapa.
Custava assim tanto pedir?
Quando ela nos tira da despensa um rolo de papel higiénico e o esconde no cesto da roupa suja na casa de banho para eu não dar conta que ela mo roubou à socapa.
Custava assim tanto pedir?
quarta-feira, março 29
pérolas...
Queria que olhasses fundo nos meus olhos e me fizesses acreditar que o mundo sou eu e que os outros são acessórios. Os outros são uns brincos pirosos que eu tenho porque os comprei por impulso e só os ponho quando, de manhã, saio à pressa de casa sem olhar para eles.
Queria voltar atrás. Dar-te a mão sem motivo e não ter motivos para ta devolver. Saber que aquelas palavras não foram repetidas. Saber que os silêncios dos telefonemas de uma hora não foram uma fórmula ensaiada com outras relações proveta que geraram nada.
Queria perceber porque é que tenho dúvidas se já sabia que os brincos eram pirosos antes de os comprar. E queria perceber porque é que mesmo deixando-os no fundo da caixinha de bijuteria eles permanecem comigo todos os dias desde que os vi na loja...
segunda-feira, março 27
a crack in the wall
As coisas parecem-me estranhas hoje. À luz deste novo dia, o que ontem me disseram ficou atravessado na garganta e ainda não consegui digerir.
Pensamos, acreditamos que somos os únicos no mundo para aquela pessoa e de repente apercebemo-nos de que não é bem assim. Houve outras histórias que entretanto se cruzam com a nossa e ficam ali lado a lado num corredor escuro de paredes forradas a segredo...
E nós somos mais um no corredor. Entramos e saímos das divisões da casa e cruzamo-nos uns com os outros. Vamos até ao quarto quando queremos estar sozinhos, vamos para a sala quando queremos falar um pouco com os outros. No fundo, nunca nos separamos dos outros, carregamos todas as histórias às costas e arrastamo-las para as relações que temos hoje partilhando corredores que quería só para nós...
segunda-feira, março 20
Um dia no trabalho
Começou hoje mais uma daquelas semanas... Uma conferência prevista, outra que nos cai em cima na véspera e nos estraga os planos todos.
Quando era jornalista, no ano passado para ser mais precisa, pensava sinceramente que nas agências de comunicação não se fazia grande coisa. Fazia-se um muito babysitting aos jornalistas, faziam-se uns telefonemas, trocavam-se uns argumentos e a coisa ficava por ali. As raparigas que faziam gabinete de imprensa e que nos recebiam em congressos e nas conferências de imprensa pareciam sempre impecáveis e bem dispostas.
A experiência no terreno mostrou-me o outro lado. Fazem-se muitos telefonemas, porque tem que ser, muitas vezes ouvimos coisas que não gostamos e temos que engolir. Escrevem-se muitos press releases e muita informação de agenda e inventa-se muita citação. E depois ainda temos que guardar o nosso melhor sorriso para o dia do evento, lindas e simpáticas como nunca vistas.
E há alturas, como hoje, em que se trabalha em paralelo dois assuntos diferentes, e é dificil passar as duas mensagens aos mesmos jornalistas.
Há dias, como hoje em que os 3 telefones tocam ao mesmo tempo e não temos respostas para tudo e parece que damos em doidos...
Há noites, como esta, em que chegamos a casa e só queremos mesmo dormir...
Quando era jornalista, no ano passado para ser mais precisa, pensava sinceramente que nas agências de comunicação não se fazia grande coisa. Fazia-se um muito babysitting aos jornalistas, faziam-se uns telefonemas, trocavam-se uns argumentos e a coisa ficava por ali. As raparigas que faziam gabinete de imprensa e que nos recebiam em congressos e nas conferências de imprensa pareciam sempre impecáveis e bem dispostas.
A experiência no terreno mostrou-me o outro lado. Fazem-se muitos telefonemas, porque tem que ser, muitas vezes ouvimos coisas que não gostamos e temos que engolir. Escrevem-se muitos press releases e muita informação de agenda e inventa-se muita citação. E depois ainda temos que guardar o nosso melhor sorriso para o dia do evento, lindas e simpáticas como nunca vistas.
E há alturas, como hoje, em que se trabalha em paralelo dois assuntos diferentes, e é dificil passar as duas mensagens aos mesmos jornalistas.
Há dias, como hoje em que os 3 telefones tocam ao mesmo tempo e não temos respostas para tudo e parece que damos em doidos...
Há noites, como esta, em que chegamos a casa e só queremos mesmo dormir...
quarta-feira, março 15
Tv is back in the house
É oficial, voltei a ser uma telespectadora.
A Worten enviou-me um sms a informar que o meu aparelho já estava disponível para levantamento e lá fui eu toda contente levantar a dita cuja.
Já está ali em cima da estante a passar as mesmas porcarias de sempre...Ao menos sempre dá movimento ao quarto...
A Worten enviou-me um sms a informar que o meu aparelho já estava disponível para levantamento e lá fui eu toda contente levantar a dita cuja.
Já está ali em cima da estante a passar as mesmas porcarias de sempre...Ao menos sempre dá movimento ao quarto...
terça-feira, março 14
Meme
«Cada bloguista participante tem de enunciar cinco manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogs aviso do ‘recrutamento’. Ademais, cada participante deve reproduzir este ‘regulamento’ no seu blog.»
Levada na onda dos meme (obrigada mary pela convocatória)deixo aqui cinco little things sobre mim:
1. Tenho um problema com as gavetas e as portas dos armários. Abro-as, mas nunca as fecho logo a seguir. Às vezes dou por mim na cozinha com os armários todos escancarados.
2. Quando quero comprar uns sapatos, por exemplo, tenho que ir a todas as lojas do shopping ver todos os modelos disponíveis e só depois optar por um par. Tenho que ter a certeza que comprei os mais giros, para não correr o risco de me arrepender 5 minutos depois.
3. Detesto que me mexam no cabelo, aquele mexer tipo acariciar. Para a maior parte dos comuns mortais é agradável ter alguém a fazer-nos festinhas, mas eu não suporto tal coisa. O meu cabelinho é sagrado e não quero outras mãos, que não as minhas, por aqui a passearem-se (excepção feitas às mãos das minhas duas cabeleireiras lindas).
4. Sou viciada em fruta. Dos morangos, às papaias, passando pelas bananas e pelos melões, pelos kiwis e pelos pessegos, gosto de tudo. E posso ter a dispensa vazia mas a fruteira tem que estar sempre recheada. Tenho sempre quilos de fruta variada em casa.
5. Quando está muito frio não sou capaz de dormir se sentir que as minhas costas não estão completamente tapadas com os cobertores. Mesmo que estejam levantados apenas 2 milimetros, eu sinto. Gosto da roupinha toda muito aconchegadinha.
E depois das minhas manias, as deles...
1. Edelweiss
2. Marco Mendes Velho
3. Amor Maior
4. Tasquinha
5. (I)literacias
Levada na onda dos meme (obrigada mary pela convocatória)deixo aqui cinco little things sobre mim:
1. Tenho um problema com as gavetas e as portas dos armários. Abro-as, mas nunca as fecho logo a seguir. Às vezes dou por mim na cozinha com os armários todos escancarados.
2. Quando quero comprar uns sapatos, por exemplo, tenho que ir a todas as lojas do shopping ver todos os modelos disponíveis e só depois optar por um par. Tenho que ter a certeza que comprei os mais giros, para não correr o risco de me arrepender 5 minutos depois.
3. Detesto que me mexam no cabelo, aquele mexer tipo acariciar. Para a maior parte dos comuns mortais é agradável ter alguém a fazer-nos festinhas, mas eu não suporto tal coisa. O meu cabelinho é sagrado e não quero outras mãos, que não as minhas, por aqui a passearem-se (excepção feitas às mãos das minhas duas cabeleireiras lindas).
4. Sou viciada em fruta. Dos morangos, às papaias, passando pelas bananas e pelos melões, pelos kiwis e pelos pessegos, gosto de tudo. E posso ter a dispensa vazia mas a fruteira tem que estar sempre recheada. Tenho sempre quilos de fruta variada em casa.
5. Quando está muito frio não sou capaz de dormir se sentir que as minhas costas não estão completamente tapadas com os cobertores. Mesmo que estejam levantados apenas 2 milimetros, eu sinto. Gosto da roupinha toda muito aconchegadinha.
E depois das minhas manias, as deles...
1. Edelweiss
2. Marco Mendes Velho
3. Amor Maior
4. Tasquinha
5. (I)literacias
sexta-feira, março 10
Ele tinha razão...
Quando há 4 anos, entrei numa barraquinha de um cartomante, numa daquelas feiras do oculto de centro comercial, e o bruxo me perguntou se eu estava no curso que queria e se tinha a certeza que era o aquilo que queria seguir, virei-me para ele indignada e disso: "ó meu amigo, é a única certeza que tenho na vida". Bastaram uns aninhos para não sentir o mesmo. O homem tinha razão quando disse que a minha vida ia dar uma reviracolta em termos profissionais. E deu.
Ontem dei por mim em plena ModaLisboa a barrar a entrada a vips na conferência de imprensa que EU tinha organizado! A conferência reunia várias mulheres conhecidas que se juntaram à Associação Laço para lançar a campanha - Fashion Targets Breast Cancer (o Cancro da Mama no Alvo da Moda) - que basicamente consiste na venda de t-shirts com um alvo desenhado (símbolo criado em 1994 por Ralph Lauren e que ficou para sempre associado ao cancro da mama).
Enquanto os jornalistas se atropelavam para falar com as mil e uma meninas lindas e altérrimas que por ali andavam com a nossa t-shirt vestida eu observava quieta e comentava com a minha colega: "esta é a prova do sucesso do nosso trabalho, não somos precisas para nada, está tudo a acontecer, naturalmente". Desde Dezembro que andávamos a preparar aquele momento: dias e dias de reuniões, tardes de contactos e argumentos. E depois daquelas duas horas em que tudo se decide, fica apenas a sensação de que valeu a pena, e de que, apesar do cansaço, estamos prontas para outra! E acho que é a isto se chama gostar do que de faz...
PS. Já agora as t-shirts vão estar a venda a partir de segunda feira numa loja Lanidor perto de si...
terça-feira, fevereiro 28
Frida Kahlo
Ao contrário do que poderíamos todos fazer Frida Kahlo, a pintora mexicana conhecida por ter as sobrancelhas juntas e bigode, auto-retratava-se tal como era, salientando até os seus defeitos. A vida e obra desta pintora estão em exposição no CCB até Maio.
Levada por algum fascínio e curiosidade, lá fui eu no sábado, dia a seguir à abertura da exposiçao ao público, ao CCB. Chovia a cantaros, potes, choviam rios de água. As botas que trazia calçadas apertaram-me o pé esquerdo de tal modo que me fizeram calo (nada mais apropriado) e tive que andar o tempo todo em bicos de pés. Mas, não havia fila para comprar bilhetes e lá fui eu. Esperei dez minutos para entrar. Vi a placa que dizia que só deixavam entrar 150 visitantes de cada vez. E eu pensei, "bolas, a sala deve ser muito grande para 150 pessoas conseguirem circular e ver a exposição em condições". Ilusões... a sala não era assim tão grande, as obras estavam distribuídas por divisórias dentro da mesma sala e dei por mim em filinhas sucessivas para conseguir ler as legendas e ver de perto os prmenores da obra Unos cuantos piquetitos ou Auto-retrato com macaco (nem vi bem o macaco).
Exceptuando todas estas condicionantes a exposição vale a pena, não apenas pelas obras expostas, confesso que esperava mais, mas pela reconstrução em fotos dos grandes momentos da vida de Frida.
E os três Pastéis de Belém salvaram a tarde...
Levada por algum fascínio e curiosidade, lá fui eu no sábado, dia a seguir à abertura da exposiçao ao público, ao CCB. Chovia a cantaros, potes, choviam rios de água. As botas que trazia calçadas apertaram-me o pé esquerdo de tal modo que me fizeram calo (nada mais apropriado) e tive que andar o tempo todo em bicos de pés. Mas, não havia fila para comprar bilhetes e lá fui eu. Esperei dez minutos para entrar. Vi a placa que dizia que só deixavam entrar 150 visitantes de cada vez. E eu pensei, "bolas, a sala deve ser muito grande para 150 pessoas conseguirem circular e ver a exposição em condições". Ilusões... a sala não era assim tão grande, as obras estavam distribuídas por divisórias dentro da mesma sala e dei por mim em filinhas sucessivas para conseguir ler as legendas e ver de perto os prmenores da obra Unos cuantos piquetitos ou Auto-retrato com macaco (nem vi bem o macaco).
Exceptuando todas estas condicionantes a exposição vale a pena, não apenas pelas obras expostas, confesso que esperava mais, mas pela reconstrução em fotos dos grandes momentos da vida de Frida.
E os três Pastéis de Belém salvaram a tarde...
quarta-feira, fevereiro 22
video killed the radio star
Ter televisão é uma coisa engraçada, habituamo-nos de tal modo a ela que mesmo que não estejamos a prestar atenção sentimos a necessidade de a ter ligada.
Depois de muito ponderar lá decidi ir de televisor em braços até à Worten. Por sorte o aparelho ainda estava na garantia e mais sorte ainda tive em ter guardado o recibo de compra que serve de factura. Eles fazem de propósito porque sabem que ninguém guarda os talões das compras, enfim...
Na assistencia ao cliente, sempre muito eficiente, disseram-me que dentro de 30 dias me telefonavam para eu ir buscar o aparelho. Ora, perante este cenário sinto que estou perante duas realidades que se me impoem: ou me esqueço entretanto que tenho televisão e que preciso dela e faço a minha vidinha normal a ouvir o indigente da antena 3 todas as noites e a adormecer com o oceano pacífico, ou desgraço o orçamento de vez e compro uma nova, daquelas flat pannel...e quando vier a outra compro um canário e faço dela uma gaiola...
Depois de muito ponderar lá decidi ir de televisor em braços até à Worten. Por sorte o aparelho ainda estava na garantia e mais sorte ainda tive em ter guardado o recibo de compra que serve de factura. Eles fazem de propósito porque sabem que ninguém guarda os talões das compras, enfim...
Na assistencia ao cliente, sempre muito eficiente, disseram-me que dentro de 30 dias me telefonavam para eu ir buscar o aparelho. Ora, perante este cenário sinto que estou perante duas realidades que se me impoem: ou me esqueço entretanto que tenho televisão e que preciso dela e faço a minha vidinha normal a ouvir o indigente da antena 3 todas as noites e a adormecer com o oceano pacífico, ou desgraço o orçamento de vez e compro uma nova, daquelas flat pannel...e quando vier a outra compro um canário e faço dela uma gaiola...
terça-feira, fevereiro 21
Estado de espírito
Nova banda sonora neste meu espaço de desabafos, de visões e cegueiras momentâneas.
Estou cansada. Tive mais um fim de semana para esquecer, chuva, raios e trovões, árvores caídas na estrada onde conduzia, pouco tempo para estar com quem passo tempo quase nenhum.
A gripe foi-se, mas o dente do ciso resolveu nascer com toda a força e romper a gengiva de tal modo que mal consigo abrir a boca. Só pode querer dizer que nunca tive tanto juizo como agora!
Tenho uma semana cheia de reuniões e eventos para mediatizar. O que me confronta sempre com o nervoso miudinho e o stress e um camião tir a fazer pressão sobre as minhas costas a lembrar-me que é preciso ter muitos jornalistas, é preciso convidá-los, convencê-los, levá-los lá, fazê-los escrever. São os dois minutos na tv, e as três linhas nos jornais que servem para avaliar o meu trabalho...
Estou cansada. Tive mais um fim de semana para esquecer, chuva, raios e trovões, árvores caídas na estrada onde conduzia, pouco tempo para estar com quem passo tempo quase nenhum.
A gripe foi-se, mas o dente do ciso resolveu nascer com toda a força e romper a gengiva de tal modo que mal consigo abrir a boca. Só pode querer dizer que nunca tive tanto juizo como agora!
Tenho uma semana cheia de reuniões e eventos para mediatizar. O que me confronta sempre com o nervoso miudinho e o stress e um camião tir a fazer pressão sobre as minhas costas a lembrar-me que é preciso ter muitos jornalistas, é preciso convidá-los, convencê-los, levá-los lá, fazê-los escrever. São os dois minutos na tv, e as três linhas nos jornais que servem para avaliar o meu trabalho...
sexta-feira, fevereiro 17
o descanso da deusa
Chega ao fim uma semana que espremeu o meu corpinho e a minha mente como se de uma laranja se tratasse. Como se o volume de trabalho não fosse suficiente as dores de garganta e a gripe resolveram juntar-se à festa para piorar as coisas.
Sinto-me exausta! Completamente incapaz de fazer seja o que for.
Resta-me uma viagem de comboio até o norte do país e um fim-de-semana cheio de nada para fazer...
Sinto-me exausta! Completamente incapaz de fazer seja o que for.
Resta-me uma viagem de comboio até o norte do país e um fim-de-semana cheio de nada para fazer...
segunda-feira, fevereiro 13
O jornalismo perdeu as histórias
A comunicação e o jornalismo no nosso país chegaram a tal ponto que a condição para se fazer notícia de uma acção de rasteios cardiovasculares à população lisboeta, e lembro que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em Portugal, é a pesença dos chamados vips.
Traduzo: a presença de Isabel Angelino e José Figueiras, por exemplo, tem mais importância para os dois jornais mais vendidos no nosso país do que a presença de médicos e técnicos de cardiopneumologia em plena Praça da Figueira a ensinar a população sobre como evitar que a gordura que ingerem lhes entupa as artérias e lhes provoque a morte.
E eu pergunto-me: que raio de país é este que só vende jornais pelas caras das pessoas que traz na primeira página e não pelas histórias que conta?
Traduzo: a presença de Isabel Angelino e José Figueiras, por exemplo, tem mais importância para os dois jornais mais vendidos no nosso país do que a presença de médicos e técnicos de cardiopneumologia em plena Praça da Figueira a ensinar a população sobre como evitar que a gordura que ingerem lhes entupa as artérias e lhes provoque a morte.
E eu pergunto-me: que raio de país é este que só vende jornais pelas caras das pessoas que traz na primeira página e não pelas histórias que conta?
domingo, fevereiro 12
Have a nice week
Resumo de um fim-de-semana em Lisboa:
- passei a noite de sexta-feira enfiada no quarto a trabalhar com o portátil à frente;
- no sábado ia a entrar num autocarro no Rossio e vi a mão de um senhor dentro do meu saco. A minha mãe está sempre a dizer-me para eu comprar sacos que tenham um fecho ou qualquer outro mecanismo que permitam isolar o conteúdo, mas eu penso sempre que nunca me acontece a mim. E só não aconteceu porque eu dei conta a tempo. Disse das boas ao homem em frente a toda a gente que estava a espera naquela paragem e ele acabou por esperar pelo próximo autocarro, pois naquele já não conseguia roubar nada.
- O Francisco Louçã foi praticamente meu companheiro do lado na sessão do filme Brokeback Mountain. Já o estou a ver nas próximas semanas a apresentar um projecto de lei a favor do casamento entre homosexuais. Viva o amor sem barreiras, se dois vaqueiros norte amercianos podem, Portugal também pode!! Eu até gostei do filme, é realmente uma bela história de amor, mas que só tem piada porque é entre dois homens. E tenho que confessar que algumas cenas me fizeram um pouco de confusão. Mas é sem dúvida uma forma de, á boa maneira americana, se resolver um tabu. Anda o cinema europeu há anos a fazer filmes do género para trazer a homosexualidade à boca do mundo e Hollywood reolveu a qustão com um só filme que ainda por cima esgota bilhteiras e está nomeado para oito Óscares!
- Hoje, domingo, acrordei mais cedo porque tinha a meu cargo a árdua tarefa de limpar a cozinha e o meu quarto forrado a papel de parede que acumulava pó em todos os malditos cantos. Acabei por fazer umas pequenas mudanças de decoração, mas o resultado não foi muito positivo. O meu lindo candeeiro IKEA ficou incomodado com a mudança de posição e queimou o fusivel, apagando-se de vez. E pior de tudo, a minha TV de 88 euros da worten, com menos de dois anos de uso, resolveu meter reforma antecipada e não me deixa ver coisa alguma. O som ainda ouço mas no lugar das imagens a cores está apenas um écra cinzento.
Domingo à noite refastelada numa cadeira na sala com os pés em cima do aquecedor.
O Herman toca no fundo para conseguir audiências.
Tenho 55 canais da TV Cabo e não consigo ver nenhum programa que agrade...
- passei a noite de sexta-feira enfiada no quarto a trabalhar com o portátil à frente;
- no sábado ia a entrar num autocarro no Rossio e vi a mão de um senhor dentro do meu saco. A minha mãe está sempre a dizer-me para eu comprar sacos que tenham um fecho ou qualquer outro mecanismo que permitam isolar o conteúdo, mas eu penso sempre que nunca me acontece a mim. E só não aconteceu porque eu dei conta a tempo. Disse das boas ao homem em frente a toda a gente que estava a espera naquela paragem e ele acabou por esperar pelo próximo autocarro, pois naquele já não conseguia roubar nada.
- O Francisco Louçã foi praticamente meu companheiro do lado na sessão do filme Brokeback Mountain. Já o estou a ver nas próximas semanas a apresentar um projecto de lei a favor do casamento entre homosexuais. Viva o amor sem barreiras, se dois vaqueiros norte amercianos podem, Portugal também pode!! Eu até gostei do filme, é realmente uma bela história de amor, mas que só tem piada porque é entre dois homens. E tenho que confessar que algumas cenas me fizeram um pouco de confusão. Mas é sem dúvida uma forma de, á boa maneira americana, se resolver um tabu. Anda o cinema europeu há anos a fazer filmes do género para trazer a homosexualidade à boca do mundo e Hollywood reolveu a qustão com um só filme que ainda por cima esgota bilhteiras e está nomeado para oito Óscares!
- Hoje, domingo, acrordei mais cedo porque tinha a meu cargo a árdua tarefa de limpar a cozinha e o meu quarto forrado a papel de parede que acumulava pó em todos os malditos cantos. Acabei por fazer umas pequenas mudanças de decoração, mas o resultado não foi muito positivo. O meu lindo candeeiro IKEA ficou incomodado com a mudança de posição e queimou o fusivel, apagando-se de vez. E pior de tudo, a minha TV de 88 euros da worten, com menos de dois anos de uso, resolveu meter reforma antecipada e não me deixa ver coisa alguma. O som ainda ouço mas no lugar das imagens a cores está apenas um écra cinzento.
Domingo à noite refastelada numa cadeira na sala com os pés em cima do aquecedor.
O Herman toca no fundo para conseguir audiências.
Tenho 55 canais da TV Cabo e não consigo ver nenhum programa que agrade...
terça-feira, fevereiro 7
blink and you'll miss it
Quando pensamos que estamos a fazer tudo o que está a o nosso alcance para que a outra pessoa sinta que estamos a partilhar o melhor de nós, do nada surgem palavras que não esperávamos ouvir e que nos poem a pensar para que raio nos esforçamos tanto.
No fundo, acho que a todas as relações, sejam elas de que índole forem, se aplica a velha máxima: dás a mão e eles querem-te o braço. E eu dou-me conta de que também já dei o braço, mas prefiro ficar por aqui.
Se não valorizamos o que temos à frente o melhor é deixá-lo solto para que outros lhe possam dar valor...
No fundo, acho que a todas as relações, sejam elas de que índole forem, se aplica a velha máxima: dás a mão e eles querem-te o braço. E eu dou-me conta de que também já dei o braço, mas prefiro ficar por aqui.
Se não valorizamos o que temos à frente o melhor é deixá-lo solto para que outros lhe possam dar valor...
sexta-feira, fevereiro 3
Contra relógio
Crescemos depressa demais.
De repente só temos fotografias para nos lembrarmos da infância. Os amigos começam a casar-se de repente ao ritmo de um ou dois por ano. E eu ponho-me a pensar, será que são eles que têm pressa ou serei eu que acho que uma decisão destas quanto mais tarde for tomada, melhor?
As responsabilidades desabam-nos em cima diariamente. Já ninguem paga as contas por nós, ninguém nos trata da roupa, ninguém tem o jantar pronto quando chegamos a casa. De repente somos só nós, a levantarmo-nos da cama quase de madrugada, todos os dias, a chegar ao emprego, abrir a agenda e ver onde vamos gastar o tempo, a beber um café que não sabe a café, a dar uma vista de olhos nos jornais, a conferir o email...
De repente já não somos adolescentes. Já não nos são permitidas determinadas atitudes, todos esperam o melhor de nós, e nós ansiamos pelo sucesso. Aos 25 anos não temos nada e queremos tudo. Ainda não somos adultos mas já não somos adolescentes. Ainda não conseguímos o sucesso, mas provamos todos os dias que, mais cedo ou mais tarde, vamos lá chegar.
Será de mim, ou aos 25 anos o mundo parece correr depressa demais para o conseguirmos acompanhar?
De repente só temos fotografias para nos lembrarmos da infância. Os amigos começam a casar-se de repente ao ritmo de um ou dois por ano. E eu ponho-me a pensar, será que são eles que têm pressa ou serei eu que acho que uma decisão destas quanto mais tarde for tomada, melhor?
As responsabilidades desabam-nos em cima diariamente. Já ninguem paga as contas por nós, ninguém nos trata da roupa, ninguém tem o jantar pronto quando chegamos a casa. De repente somos só nós, a levantarmo-nos da cama quase de madrugada, todos os dias, a chegar ao emprego, abrir a agenda e ver onde vamos gastar o tempo, a beber um café que não sabe a café, a dar uma vista de olhos nos jornais, a conferir o email...
De repente já não somos adolescentes. Já não nos são permitidas determinadas atitudes, todos esperam o melhor de nós, e nós ansiamos pelo sucesso. Aos 25 anos não temos nada e queremos tudo. Ainda não somos adultos mas já não somos adolescentes. Ainda não conseguímos o sucesso, mas provamos todos os dias que, mais cedo ou mais tarde, vamos lá chegar.
Será de mim, ou aos 25 anos o mundo parece correr depressa demais para o conseguirmos acompanhar?
terça-feira, janeiro 31
Dias iguais
Há dias em que temos que engolir uns sapos e fingir um sorriso para conseguir continuar a conversa, evitando a faísca.
Há outros em que viramos as costas e deixamos a insignificancia a falar sozinha...
As coisas só têm valor se forem valorizadas por alguém!
Adiante...
A minha saga em busca de um pequeno chalet continua, mais calma contudo dada a avalancha de telefonemas para fazer e para atender, de orçamentos para pedir, datas e reuniões para marcar. Os dias passam depressa, uma confusão aqui um rejubilo ali e a rotina instala-se cada vez mais profundamente nesta minha nova profissão que me agrada, mas que tem os seus desafios.
Isto tudo para dizer que continuo entre paredes forradas a papel. E esta noite parece Natal outra vez, tal as vezes que o quadro da electricidade vai abaixo... Haja paciência!
Há outros em que viramos as costas e deixamos a insignificancia a falar sozinha...
As coisas só têm valor se forem valorizadas por alguém!
Adiante...
A minha saga em busca de um pequeno chalet continua, mais calma contudo dada a avalancha de telefonemas para fazer e para atender, de orçamentos para pedir, datas e reuniões para marcar. Os dias passam depressa, uma confusão aqui um rejubilo ali e a rotina instala-se cada vez mais profundamente nesta minha nova profissão que me agrada, mas que tem os seus desafios.
Isto tudo para dizer que continuo entre paredes forradas a papel. E esta noite parece Natal outra vez, tal as vezes que o quadro da electricidade vai abaixo... Haja paciência!
quarta-feira, janeiro 18
Pensamento da meia noite
Nos últimos dias tenho feito um esforço para não dizer aquilo que penso de modo a não ferir susceptibilidades. Mas depois fico a matutar naquilo e a pensar que não posso deixar que pensem que sou quem eu não sou.
Isto não me está a sair muito bem. Mas quero eu dizer com isto que desde sempre me conheci calma o suficiente para ouvir e dar desprezo. E agora dou comigo a querer trocar argumentos e impor-me.
Será que antes era uma paz de alma, ou será que perdi a paciência e não me dei conta disso?
Isto não me está a sair muito bem. Mas quero eu dizer com isto que desde sempre me conheci calma o suficiente para ouvir e dar desprezo. E agora dou comigo a querer trocar argumentos e impor-me.
Será que antes era uma paz de alma, ou será que perdi a paciência e não me dei conta disso?
terça-feira, janeiro 17
A saga continua
Já sei de cor os preços e as condições da maioria das casas que constam nos sites de imobiliárias mais conhecidas e inclusivamente consigo detectar as novidades introduzidas todos os dias em casa site. É fantástico não é?
Infelizmente é triste pensar que, independentemente da imobiliária com quem oficializar o negócio, cerca de 5% do valor que vou pagar pela casa vai direitinho para o bolso deles. Mas cada um ganha a vida como pode não é?
Devo dizer, contudo, que a minha ainda breve experiência nesta área, me permite dizer que os vendedores da Remax são assustadores. Na minha primeira visita a um t2 duplex (com muito bom aspecto nas fotografias) a vendedora deixou-me 20 minutos a espera numa rua que metia medo ao susto num dia em que chovia torrencialmente. Para além disso, deve ter olhado para mim e pensado que se eu não tinha dinheiro para comprar um guarda-chuva (tinha levado com uma carga de água a caminho da tal casa a visitar) também não teria para comprar uma casa.A verdade é que apesar de termos trocado contactos e de ter especificado quais as zonas e preços preferenciais, nunca mais ouvi falar de tal senhora.
A casa até nem era má, exceptuando o facto de na cozinha só caber uma pessoa, das escadas que conduziam à suite serem tão ingremes e tão pequeninas que colocando o pé de lado ainda ficava metade de fora, das escadas do prédio serem forradas com aquelas passadeiras de plástico da casa dos nossos tetravós e de no prédio morarem duas velhinhas há anos que provavelmente deviam ter uma criação de gatos (10 cada uma no mínimo).
E a saga continua....
Infelizmente é triste pensar que, independentemente da imobiliária com quem oficializar o negócio, cerca de 5% do valor que vou pagar pela casa vai direitinho para o bolso deles. Mas cada um ganha a vida como pode não é?
Devo dizer, contudo, que a minha ainda breve experiência nesta área, me permite dizer que os vendedores da Remax são assustadores. Na minha primeira visita a um t2 duplex (com muito bom aspecto nas fotografias) a vendedora deixou-me 20 minutos a espera numa rua que metia medo ao susto num dia em que chovia torrencialmente. Para além disso, deve ter olhado para mim e pensado que se eu não tinha dinheiro para comprar um guarda-chuva (tinha levado com uma carga de água a caminho da tal casa a visitar) também não teria para comprar uma casa.A verdade é que apesar de termos trocado contactos e de ter especificado quais as zonas e preços preferenciais, nunca mais ouvi falar de tal senhora.
A casa até nem era má, exceptuando o facto de na cozinha só caber uma pessoa, das escadas que conduziam à suite serem tão ingremes e tão pequeninas que colocando o pé de lado ainda ficava metade de fora, das escadas do prédio serem forradas com aquelas passadeiras de plástico da casa dos nossos tetravós e de no prédio morarem duas velhinhas há anos que provavelmente deviam ter uma criação de gatos (10 cada uma no mínimo).
E a saga continua....
sexta-feira, janeiro 13
Desabafo
Ontem à noite estive muito perto de arrancar os cabelos a alguém.
Sabem quando nos começa a subir assim uns calores e já não aguentamos ver a pessoa à nossa frente a dar ordens e a falar da nossa vida como se tivesse alguma autoridade para o fazer? É o que dá viver com pessoas desconhecidas, pensam que só porque partilhamos o mesmo espaço podem impor limites ao que fazemos.
Era só o que me faltava!
Sabem quando nos começa a subir assim uns calores e já não aguentamos ver a pessoa à nossa frente a dar ordens e a falar da nossa vida como se tivesse alguma autoridade para o fazer? É o que dá viver com pessoas desconhecidas, pensam que só porque partilhamos o mesmo espaço podem impor limites ao que fazemos.
Era só o que me faltava!
quarta-feira, janeiro 11
Um regalo para os olhos
Depois de muito insistir com o meu mais que tudo e lhe fazer as vontadinhas todas durante uns dias, eis que ele me apresenta a sugestão perfeita para adornar a Cegueira. Digam lá se não está simplesmente perfeito?
terça-feira, janeiro 10
O presente é passado já
Pensamos sempre no futuro como estando longe demais. Como se ainda fosse cedo para fazermos o que queremos, ou como se ainda não fosse altura para o fazer porque nos sentimos ainda muito jovens para assumir determinadas coisas.
O presente transforma-se assim numa espécie de época de transição. Sentimos que ainda estamos a iniciar a nossa vida de adultos, mas olhando para trás e fazendo contas ao tempo ido, já lá vão dois anos.
E o que é que eu consegui nestes dois anos?
Alguma estabilidade é certo, sentido de responsabilidade, mais convicção nas minhas decisões, mas no fundo, e equacionando todos os pratos da balança sou ainda aquela rapariga que saiu da universidade a acreditar que ia conquistar o mundo inteiro. Ainda é cedo, insisto em pensar. Mas será realmente?
O presente transforma-se assim numa espécie de época de transição. Sentimos que ainda estamos a iniciar a nossa vida de adultos, mas olhando para trás e fazendo contas ao tempo ido, já lá vão dois anos.
E o que é que eu consegui nestes dois anos?
Alguma estabilidade é certo, sentido de responsabilidade, mais convicção nas minhas decisões, mas no fundo, e equacionando todos os pratos da balança sou ainda aquela rapariga que saiu da universidade a acreditar que ia conquistar o mundo inteiro. Ainda é cedo, insisto em pensar. Mas será realmente?
segunda-feira, janeiro 9
Relax
Estou com uma dor de cabeça tremenda. O dia foi um bocadinho mais movimentado do que habitual, e isso foi o suficiente para que corpo e mente se ressentissem. Ainda não estava preparada para o trabalho, após três semanas de puro ócio.
Como se não bastasse, chegar a casa e entrar na cozinha para fazer o jantar é uma aventura! Até conseguir reunir os ingredientes no balcão tenho que arrumar pilhas de louça, descer três andares para despejar o lixo e fechar todas as janelas que as "queridas" com quem eu (para mal de todos os meus pecados) partilho a casa. Quem é que deixa as janelas abertas todo o dia em pleno Inverno? Eu podia fazer uma lista de estranhos fenómenos com os quais me deparo nestas quatro paredes forradas a papel de mau gosto, mas hoje não estou para isso.
Vou refastelar-me neste meu quarto alugado a preço de ouro que, longe de ser o céu, me parece,hoje, mais aconchegante do que nunca.
Como banda sonora tenho o voz do moço que queria ser moça: o fantástico Antony... and the Johnsons.
terça-feira, janeiro 3
Ao quarto dia de 2006
Apesar de já estar com um pé em 2006, o ano que passa deixa boas e más recordações que, inevitavelmente vão influenciar os 365 dias que temos pela frente e que ainda estão frescas na memória.
Para mim 2005 foi um ano de afirmação profissional, passei a ocupar um cargo de responsabilidade, ainda que discretamente. Seis meses depois perdi-o. Fecha A Capital, a ameaça cumpriu-se sem que pudessemos fazer nada e, no prazo de uma semana, ficamos sem posto de trabalho. Agosto não foi um mês de férias mas de desespero, sem saber se o regresso a Lisboa valeria a pena. O que fazer? A pergunta que não me largava a perna. Fazia eco em todo o lado.
Em Setembro os meus dias conhecem novas rotinas, novo emprego, novas caras. Uma agradável surpresa que me fez pensar na minha valorização pessoal, no que sou capaz de fazer para além do jornalismo. Até que ponto conseguimos suportar um emprego em que não somos reconhecidos pelo que fazemos? No fundo, tinha consciência de que precisava de mudar, talvez tenha sido melhor assim, ou não, nunca saberei.
Neste ano espero conseguir construir o meu espaço. 2005 foi também o ano em que percebi que precisamos de arriscar muito para conseguir alguma coisa na vida. Dividir casa é uma ideia fantástica para quem quer sair da saia dos pais, para quem vai estudar para fora. Mas seis anos são mais do que suficientes para chegar ao limite.
Quero continuar a minha formação académica. Tenho saudades de estudar. Ler livros não é o suficiente. Quero voltar a investigar, apresentar conclusões.
Não sei como vou conciliar tudo isto, mas quero arriscar.
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