quarta-feira, junho 27

Programa de fim-de-semana: Casamento



É verdade. Já o disse milhões de vezes: sinto que a vida me separa das pessoas que mais gosto, que mais significam para mim, que mais memórias me trazem.
As minhas primas gémeas, que me acompanharam a vida toda, são duas dessas pessoas. Crescemos juntas, partilhámos sonhos juntas e de repente os caminhos separaram-se e acabamos uma em cada canto do país. Uma delas vai casar-se este fim-de-semana. E é como se eu sentisse de repente uma falta imensa dela. Não sei explicar, há anos que não nos vemos com a frequência que desejaríamos, nas festas de família, nas férias apenas. E agora o casamento. Sinto-o como se ela ficasse ainda mais distante. Não fica, mas não sei explicar, deve ser o peso da cerimónia. Aquele momento de que tanto falávamos quando pequenas vai acontecer, e ela é a primeira das três.
Soltei umas lágrimas despedida de solteira. Quero imaginar o casamento....

terça-feira, junho 26

A minha casa




Parece que é agora. A mocinha crescida conseguiu finalmente encontrar uma casinha para patilhar com o silêncio e a calma. Uns telefonemas, umas negociatas et voilá. O contrato de arrendamento já está em curso. Ando à procura de caixas nas lojas dos chineses para conseguir fazer a mudança em poucas viagens no meu C'MON. Não tenho prateleiras para os livros, nem talheres nem pratos, não tenho frigorifico nem máquina de lavar roupa e não tenho dinheiro para comprar o que quer que seja.
Acho que ainda não estou em mim. Depois de 7 anos a partilhar casa, muitas vezes com desconhecidos, este é aquele passo que sentimos como o passo para a independência. Neste momento acho que não me falta nada para dizer que sou feliz.
Pronto... mais um dinheirinho para ir ao IKEA dava jeito, mas a pouco e pouco tudo se arranja...

quinta-feira, junho 14

férias

Regressei de umas mini-férias no meio do nada, longe de tudo o que poderia lembrar-me a mínima preocupação. É nestas alturas que damos valor às coisas mais simples, vestimos um bikini e uns calções, calçamos uns chinelos e aí vamos nós com a toalhinha numa mão e um livro na outra apanhar sol na praia mais próxima. Não fui para a praia mais próxima, mas o ritual foi o mesmo. E soube a pouco, parecem sempre poucos demais os dias que passamos assim, mesmo que a tarde tenha sempre mais horas, porque parece que nunca temos nada para fazer. Não temos, de facto, mas não faz mal. Ali, a olhar para as ondas que insistem em regressar à areia parece que não há mais nada, mais mundo, mais pessoas do que aquelas que estão ali connsoco a brincar com os filhos, a encherem-se de protector solar, arrepiadas a tentar entrar na água.
E tu ao meu lado insistes em mais uma caminhada, rebolas na toalha, fechas os olhos um bocadinho, olhas para mim: "onde vamos jantar hoje"? E eu respondo que não sei, mas quero ir a outro restaurante diferente. "Estás tão bonita". Não estou nada... anda, vamos dar um mergulho e fingir que podemos fcar aqui para sempre....