quinta-feira, dezembro 21

Natal!

O melhor dia das férias é o último dia de trabalho. Principalmente quando as coisas estão calmas, quando sabemos que a nossa presença alí é dispensável. Os telefones raramente tocam. Chega um email de hora em hora.
Vou partir amanhã cedo para mais um Natal daqueles a sério. Com a família toda lá em casa à volta da lareira para ver se não congela. A falar do que se tem feito, projectos para o ano que está à porta. Levo a mala do carro cheia de prendas. Tenho aqui ao lado o saco pronto, cheio demais, eu diria, mas é inevitável...
Este ano a minha carta ao Pai Natal não fazia grandes exigências, quero só continuar a ter o meu espaço neste mundo e senti-lo como meu. O resto, vem por acréscimo...

Um Feliz Natal a todos....

terça-feira, dezembro 19

As coisas em dia...

Sinto-me descansada hoje.
Despachei as prendas todas ontem num final de dia num Colombo a abarrotar. Não sei como, mas tal era a minha energia para vir dali com as prendinhas todas na mão que em duas horas consegui comprar tudo.
Hoje também consegui ir ao ginásio. Confesso que a minha resistência ficou um pouco aquem do habitual, mas é compreensível, já não punha lá os pés há três semanas.
Finalmente consegui estar em casa quando o senhor do Circulo de Leitores tocou à campainha. Devia-lhe 20 euros de mais um livro de uma colecção sobre as Civilizações que ando a fazer e que nunca mais chega ao fim. São aquelas coisas fantásticas em que eu me meto e nunca consigo sair delas. É que o senhor tem ar de avô e quando chega à minha porta, no 3º andar, já vem mais morto que vivo e eu, que ando a ensair o discurso há séculos para o ir mandar bater a outra porta, não consigo!! E os livros que não leio vão-se acumulando.
Estou a dois dias das férias. Vou para o frio do norte, pôr as ideias em dia e o corpo em stand by por uma semana. De acordo com o meu signo para 2007 (eu não acredito em nada destas coisas, mas que às vezes os astrólogos acertam lá isso é verdade) vou ter um ano de muiiitooo trabalho. Só de pensar nisso até sinto arrepios na espinha. É bom: estar ocupada em rotinas, ser precisa, ter responsabilidades. É péssimo: viver para trabalhar, não ter tempo para estar com quem mais gostamos. Deixar as prioridades para o fim da fila, o trabalho sempre em primeiro lugar.
Também de acordo com essa fantástica previsão (lida nesse fantástico guia do ser feminino, mais conhecido por revista Elle) tenho que deitar as minhas garras de fora para não deixar que as pessoas se aproveitem do meu trabalho e me passem a perna, mesmo que isso implique ir contra os meus principios. Sim porque, e passo a citar "basicamente você é boa pessoa, e por isso não gosta de gerar conflitos com os seus adversários". Isto é em tudo verdade, meus amigos. Isto acenta-me que nem uma luva! E eu já decidi, vou deixar crescer as minhas unhas mais do que o habitual. É sempre bom começar 2007 com algumas armas físicas e psicológias....


PS.: A Cegueira tem nova banda sonora... Para quem não conhece são os Dave Mathews Band. E para todos os que conhecem, gostam, mas andam distraídos, corram à FNAC, os bilhetes para o PRIMEIRO concerto DE SEMPRE em Portugal, a acontecer dia 25 de Maio (dia bloqueado na minha agenda) já estão à venda!

domingo, dezembro 17

Coimbra

Voltei a Coimbra. É certo que passei o dia enfiada numa sala da Quinta das Lágrimas com internos de Neurologia (as coisas que uma pessoa tem que fazer para ganhar a vidinha), mas ainda me sobraram uns minutos para perceber que a cidade está mais bonita do que nunca. Mais confusa, com mais trânsito, com prédios por todo o lado, mas mais bonita.
Fiz-me às estrada às 8 da noite e durante a hora de viagem pelo IP3 não consegui parar de pensar em tudo o que vivi naquela cidade. Parece que está tudo ainda tão perto, os lugares, os momentos, as pessoas.... mas não. As pessoas mudaram, eu mudei, por mais que me tente ainda agarrar-me a elas, aproximar-me do passado, eleas fogem-me das mãos, todos os dias, mais um bocadinho.

segunda-feira, dezembro 11

the day is not enough

Está frio.
Sinto-o entranhar-se na minha pele até chegar aos ossos. E gosto.
Sinto-me resitir um pouco mas depois olho em frente e deixo que o vento me solte o cabelo e me bata no rosto com a força de uma onda.
Estou a descer uma rua sem fim, uma das ruas de Lisboa onde é impossível encontrar um taxi. Olho para cima e mal vejo o céu tal a quantidade e a altura dos prédios em tão pouco espaço.
Saí de mais uma reunião, diria quase inútil. Como tantas, como quase todas.
Chega o o taxi. Apetece-me dizer outro destino qualquer que não aquele que me espera todos os dias.
Deixo-me escorregar pelo banco de cabedal. Aproveito o refúgio. Aproveito para me esconder antes que o taxista resolva meter conversa.
Olho pelo vidro enquanto percorro o centro da cidade. Lá fora há folhas espalhadas pelas ruas. As pessoas cheias de pressa de um lado para o outro. Toca o telemóvel e eu finjo não ouvir.
"Ora, são oito euros".
Passe-me um recibo, por favor...
Ainda são só 11 da manhã....