Está frio.
Sinto-o entranhar-se na minha pele até chegar aos ossos. E gosto.
Sinto-me resitir um pouco mas depois olho em frente e deixo que o vento me solte o cabelo e me bata no rosto com a força de uma onda.
Estou a descer uma rua sem fim, uma das ruas de Lisboa onde é impossível encontrar um taxi. Olho para cima e mal vejo o céu tal a quantidade e a altura dos prédios em tão pouco espaço.
Saí de mais uma reunião, diria quase inútil. Como tantas, como quase todas.
Chega o o taxi. Apetece-me dizer outro destino qualquer que não aquele que me espera todos os dias.
Deixo-me escorregar pelo banco de cabedal. Aproveito o refúgio. Aproveito para me esconder antes que o taxista resolva meter conversa.
Olho pelo vidro enquanto percorro o centro da cidade. Lá fora há folhas espalhadas pelas ruas. As pessoas cheias de pressa de um lado para o outro. Toca o telemóvel e eu finjo não ouvir.
"Ora, são oito euros".
Passe-me um recibo, por favor...
Ainda são só 11 da manhã....
segunda-feira, dezembro 11
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