sexta-feira, fevereiro 3

Contra relógio

Crescemos depressa demais.
De repente só temos fotografias para nos lembrarmos da infância. Os amigos começam a casar-se de repente ao ritmo de um ou dois por ano. E eu ponho-me a pensar, será que são eles que têm pressa ou serei eu que acho que uma decisão destas quanto mais tarde for tomada, melhor?

As responsabilidades desabam-nos em cima diariamente. Já ninguem paga as contas por nós, ninguém nos trata da roupa, ninguém tem o jantar pronto quando chegamos a casa. De repente somos só nós, a levantarmo-nos da cama quase de madrugada, todos os dias, a chegar ao emprego, abrir a agenda e ver onde vamos gastar o tempo, a beber um café que não sabe a café, a dar uma vista de olhos nos jornais, a conferir o email...

De repente já não somos adolescentes. Já não nos são permitidas determinadas atitudes, todos esperam o melhor de nós, e nós ansiamos pelo sucesso. Aos 25 anos não temos nada e queremos tudo. Ainda não somos adultos mas já não somos adolescentes. Ainda não conseguímos o sucesso, mas provamos todos os dias que, mais cedo ou mais tarde, vamos lá chegar.

Será de mim, ou aos 25 anos o mundo parece correr depressa demais para o conseguirmos acompanhar?

2 comentários:

Anónimo disse...

o meu doce... isso chama-se crescer. e tu tens ja muita coisa.. porque es lutadora e vencedora... calma, para quem sabe esperar tudo vem a tempo.

Marco Mendes Velho disse...

Tens muita coisa e ainda não tens vinte e cinco anos que eu sei... Nhaaaaaaaaaaaaaaaaa ...E não é crescer, como a Eddie diz. É viver mesmo. O bom mesmo era pertencer a uma espécie de putos bonsai e impedir o relógio de se esticar pela avenida da vida fora ...