No sábado passado a Sic passou uma reportagem intitulada Só para Mulheres. Durante largos minutos a jornalista tentava desvendar o mundo de rapazes/homens que colocam anuncios no jornal e recebem mulheres "carentes", muitos deles tendo vidas duplas e fazendo desta actividade, para a qual não há outro nome senao prostituição (digo eu), uma espécie de hobbie das horas vagas.
O que mais me revoltou não foi o facto de venderem o corpo, cada um faz o que quer e o que bem lhe apetece e em relação a isso não tenho qualquer preconceito, mas no meio da história toda as mal vistas são as mulheres. Apesar de serem eles a vender o corpo (coisa que para muitos não deve ser sacrificio nenhum) são as mulheres que respondem e ligam para os números que eles colocam no jornal, que são as "coitadinhas", a quem os maridos não dão atenção e precisam de procurar prazer em braços alheios.
Aliás, uma mulher que se prostitui, na generalidade, é vista como alguém que vende o corpo por necessidade. Basta ver por exemplo, a quantidade de brasileiras e ucranianas que se deixam envolver em redes de lenocínio em bares de alterne, aliciadas pelo dinheiro que precisam . Acontece que no caso retratado pela reportagem os homens chegam a ter vida dupla. São empresários bem sucedidos, futebolistas profissionais, desportistas, e para além disso são uns machos valentes que ainda arranjam tempo para fazer uns trocos e dar às mulheres o que elas precisam. Não digo que não haja mulheres que façam o mesmo, que o façam por simples gosto ou prazer, mas do rótulo nunca se livram!
Por mais que se tente, infelizmente, há pontos de vista que parecem não mudar... As mulheres serão sempre vistas como mais fracas em relação ao sexo oposto...
Patrícia
segunda-feira, janeiro 31
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