quinta-feira, janeiro 27

Inverter os papéis

Há alturas na vida em que dar um passo em frente nos parece o melhor que podia acontecer. Alguém nos chama para nos dizer que a vida que temos levado há coisa de um ano vai mudar dentro de um mês.
Na altura pensamos que não podiamos ter ouvido melhor notícia, abrimos a chamapnhe e rasgamos um sorriso. Mas por pouco tempo...
Depois começam a surgir por todo o lado, olhos, ouvidos, mãos, braços, pernas, os bichinhos carpinteiros que nos percorrem o corpo e nos deixam cravados de dúvidas.
Será que é o passo certo? Será que vou ser capaz? Não será um recuo?
E de repente, a espuma da chamapanhe desaparece, o sorriso desvanesce e tudo é posto em causa. Também não adianta espernear, mesmo que cheguemos à conclusão que não foi o passo certo a dar, porque afinal o passo já está dado e a bem dizer, alguém o deu por nós... fomos empurrados para a outra margem sem grande coisa que pudessemos fazer. Ou isso ou a vidinha sem sal nem açucar que levas há um ano.
Isto tudo serve para dizer que depois de matar todos os bichos que por mim se passeavam (ainda cá ficaram alguns, mas já não fazem comichão), cheguei à conclusão (o que é estremamente dificil para um nativo de Balança como eu, pesar as coisas e chegar a uma conclusão) de que não vale a pena tirar nabos da púcara sem que os ingredientes estejam todos misturados.
Vou demorar a habituar-me? Vou. Irei roer as unhas? Sim. Tudo isto e tudo o resto vai acontecer. Mas, guardo a certeza que farei o que estiver ao meu alcance para me sentir feliz, porque, afinal, é o mais importante!
É esperar para ver.
Deixar acontecer.
E dar o melhor. Se o fizer ninguém me pode acusar de nada...

Patrícia

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