Toda a gente os usa! Os programas de Instant Messaging (IM) estão a ocupar não só PCs domésticos como também os das empresas. A Intel Data Corporation estima que o número de utilizadores corporativos de programas de IM poderá chegar aos 200 milhões em 2006, um número fenomenal tendo em conta que em 2002 contavam-se apenas 20 milhões.
Todavia, esta transição do IM dos computadores de casa para os do escritório, a curto prazo, poderá criar enormes riscos quer financeiros quer legais. Para além das dores de cabeça do patronato.
Se muitos se negam a trabalhar ao mesmo tempo que falam com familiares e amigos, outros tantos consideram esta actividade como um gesto de rotina sem o qual não conseguem passar (é assim uma espécie de cordão umbilical com o mundo, digo eu). Mesmo que isso implique concentração a menos de 100 por centro no trabalho.
À medida que cada vez mais trabalhadores fazem o download de programas de IM, estes estão a começar a ser vistos como uma espécie de ameaça à segurança das redes. Os vírus propagam-se com uma rapidez incrível e convenhamos que nem tudo o que se partilha nas conversas é agradável, especialmente num ambiente de trabalho. Concebidos para entreter, este género de aplicações estão a tornar-se always on, com janelinhas para iniciar conversas sempre a aparecer no ecrã e a desviar os olhares do trabalho.
Para quem usa é preciso ter cuidado com o que diz, pois não é de todo complicado para alguém com o mínimo interesse e conhecimentos conseguir quebrar os códigos de IM e ler todas as mensagens trocadas. A maior parte de trabalhadores inquiridos num estudo da Blue Coat confessam usar programas de IM durante o horário de trabalho e apenas 27 por cento os usam apenas para objectivos de trabalho. E.. perto de 80 por cento confessam trocar fofocas...
Por tudo isto, muitas companhias estão a banir o uso de programas de IM, o que nem sempre é fácil. É possível aceder a estes programas a partir da Web, sem necessidade de efectuar o download. Maravilhas da tecnologia...
A solução poderá então passar, não por banir (até porque o fruto proibido é sempre o mais apetecido), mas sim por permitir programas de IM desenvolvidos para empresas. E convém até pensar seriamente nisto. A Gartner, um dos grandes nomes em investigação na área da tecnologia, prevê que os programas de IM representem cerca de 50 por cento de todas as comunicações negócio-cliente durante este ano. Para que isso aconteça é preciso apenas pensar em formas de os usar de modo eficaz para que se torne numa ferramenta de produtividade e não de distracção.
Patrícia
quinta-feira, janeiro 6
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