Ao contrário do que poderíamos todos fazer Frida Kahlo, a pintora mexicana conhecida por ter as sobrancelhas juntas e bigode, auto-retratava-se tal como era, salientando até os seus defeitos. A vida e obra desta pintora estão em exposição no CCB até Maio.
Levada por algum fascínio e curiosidade, lá fui eu no sábado, dia a seguir à abertura da exposiçao ao público, ao CCB. Chovia a cantaros, potes, choviam rios de água. As botas que trazia calçadas apertaram-me o pé esquerdo de tal modo que me fizeram calo (nada mais apropriado) e tive que andar o tempo todo em bicos de pés. Mas, não havia fila para comprar bilhetes e lá fui eu. Esperei dez minutos para entrar. Vi a placa que dizia que só deixavam entrar 150 visitantes de cada vez. E eu pensei, "bolas, a sala deve ser muito grande para 150 pessoas conseguirem circular e ver a exposição em condições". Ilusões... a sala não era assim tão grande, as obras estavam distribuídas por divisórias dentro da mesma sala e dei por mim em filinhas sucessivas para conseguir ler as legendas e ver de perto os prmenores da obra Unos cuantos piquetitos ou Auto-retrato com macaco (nem vi bem o macaco).
Exceptuando todas estas condicionantes a exposição vale a pena, não apenas pelas obras expostas, confesso que esperava mais, mas pela reconstrução em fotos dos grandes momentos da vida de Frida.
E os três Pastéis de Belém salvaram a tarde...
terça-feira, fevereiro 28
quarta-feira, fevereiro 22
video killed the radio star
Ter televisão é uma coisa engraçada, habituamo-nos de tal modo a ela que mesmo que não estejamos a prestar atenção sentimos a necessidade de a ter ligada.
Depois de muito ponderar lá decidi ir de televisor em braços até à Worten. Por sorte o aparelho ainda estava na garantia e mais sorte ainda tive em ter guardado o recibo de compra que serve de factura. Eles fazem de propósito porque sabem que ninguém guarda os talões das compras, enfim...
Na assistencia ao cliente, sempre muito eficiente, disseram-me que dentro de 30 dias me telefonavam para eu ir buscar o aparelho. Ora, perante este cenário sinto que estou perante duas realidades que se me impoem: ou me esqueço entretanto que tenho televisão e que preciso dela e faço a minha vidinha normal a ouvir o indigente da antena 3 todas as noites e a adormecer com o oceano pacífico, ou desgraço o orçamento de vez e compro uma nova, daquelas flat pannel...e quando vier a outra compro um canário e faço dela uma gaiola...
Depois de muito ponderar lá decidi ir de televisor em braços até à Worten. Por sorte o aparelho ainda estava na garantia e mais sorte ainda tive em ter guardado o recibo de compra que serve de factura. Eles fazem de propósito porque sabem que ninguém guarda os talões das compras, enfim...
Na assistencia ao cliente, sempre muito eficiente, disseram-me que dentro de 30 dias me telefonavam para eu ir buscar o aparelho. Ora, perante este cenário sinto que estou perante duas realidades que se me impoem: ou me esqueço entretanto que tenho televisão e que preciso dela e faço a minha vidinha normal a ouvir o indigente da antena 3 todas as noites e a adormecer com o oceano pacífico, ou desgraço o orçamento de vez e compro uma nova, daquelas flat pannel...e quando vier a outra compro um canário e faço dela uma gaiola...
terça-feira, fevereiro 21
Estado de espírito
Nova banda sonora neste meu espaço de desabafos, de visões e cegueiras momentâneas.
Estou cansada. Tive mais um fim de semana para esquecer, chuva, raios e trovões, árvores caídas na estrada onde conduzia, pouco tempo para estar com quem passo tempo quase nenhum.
A gripe foi-se, mas o dente do ciso resolveu nascer com toda a força e romper a gengiva de tal modo que mal consigo abrir a boca. Só pode querer dizer que nunca tive tanto juizo como agora!
Tenho uma semana cheia de reuniões e eventos para mediatizar. O que me confronta sempre com o nervoso miudinho e o stress e um camião tir a fazer pressão sobre as minhas costas a lembrar-me que é preciso ter muitos jornalistas, é preciso convidá-los, convencê-los, levá-los lá, fazê-los escrever. São os dois minutos na tv, e as três linhas nos jornais que servem para avaliar o meu trabalho...
Estou cansada. Tive mais um fim de semana para esquecer, chuva, raios e trovões, árvores caídas na estrada onde conduzia, pouco tempo para estar com quem passo tempo quase nenhum.
A gripe foi-se, mas o dente do ciso resolveu nascer com toda a força e romper a gengiva de tal modo que mal consigo abrir a boca. Só pode querer dizer que nunca tive tanto juizo como agora!
Tenho uma semana cheia de reuniões e eventos para mediatizar. O que me confronta sempre com o nervoso miudinho e o stress e um camião tir a fazer pressão sobre as minhas costas a lembrar-me que é preciso ter muitos jornalistas, é preciso convidá-los, convencê-los, levá-los lá, fazê-los escrever. São os dois minutos na tv, e as três linhas nos jornais que servem para avaliar o meu trabalho...
sexta-feira, fevereiro 17
o descanso da deusa
Chega ao fim uma semana que espremeu o meu corpinho e a minha mente como se de uma laranja se tratasse. Como se o volume de trabalho não fosse suficiente as dores de garganta e a gripe resolveram juntar-se à festa para piorar as coisas.
Sinto-me exausta! Completamente incapaz de fazer seja o que for.
Resta-me uma viagem de comboio até o norte do país e um fim-de-semana cheio de nada para fazer...
Sinto-me exausta! Completamente incapaz de fazer seja o que for.
Resta-me uma viagem de comboio até o norte do país e um fim-de-semana cheio de nada para fazer...
segunda-feira, fevereiro 13
O jornalismo perdeu as histórias
A comunicação e o jornalismo no nosso país chegaram a tal ponto que a condição para se fazer notícia de uma acção de rasteios cardiovasculares à população lisboeta, e lembro que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em Portugal, é a pesença dos chamados vips.
Traduzo: a presença de Isabel Angelino e José Figueiras, por exemplo, tem mais importância para os dois jornais mais vendidos no nosso país do que a presença de médicos e técnicos de cardiopneumologia em plena Praça da Figueira a ensinar a população sobre como evitar que a gordura que ingerem lhes entupa as artérias e lhes provoque a morte.
E eu pergunto-me: que raio de país é este que só vende jornais pelas caras das pessoas que traz na primeira página e não pelas histórias que conta?
Traduzo: a presença de Isabel Angelino e José Figueiras, por exemplo, tem mais importância para os dois jornais mais vendidos no nosso país do que a presença de médicos e técnicos de cardiopneumologia em plena Praça da Figueira a ensinar a população sobre como evitar que a gordura que ingerem lhes entupa as artérias e lhes provoque a morte.
E eu pergunto-me: que raio de país é este que só vende jornais pelas caras das pessoas que traz na primeira página e não pelas histórias que conta?
domingo, fevereiro 12
Have a nice week
Resumo de um fim-de-semana em Lisboa:
- passei a noite de sexta-feira enfiada no quarto a trabalhar com o portátil à frente;
- no sábado ia a entrar num autocarro no Rossio e vi a mão de um senhor dentro do meu saco. A minha mãe está sempre a dizer-me para eu comprar sacos que tenham um fecho ou qualquer outro mecanismo que permitam isolar o conteúdo, mas eu penso sempre que nunca me acontece a mim. E só não aconteceu porque eu dei conta a tempo. Disse das boas ao homem em frente a toda a gente que estava a espera naquela paragem e ele acabou por esperar pelo próximo autocarro, pois naquele já não conseguia roubar nada.
- O Francisco Louçã foi praticamente meu companheiro do lado na sessão do filme Brokeback Mountain. Já o estou a ver nas próximas semanas a apresentar um projecto de lei a favor do casamento entre homosexuais. Viva o amor sem barreiras, se dois vaqueiros norte amercianos podem, Portugal também pode!! Eu até gostei do filme, é realmente uma bela história de amor, mas que só tem piada porque é entre dois homens. E tenho que confessar que algumas cenas me fizeram um pouco de confusão. Mas é sem dúvida uma forma de, á boa maneira americana, se resolver um tabu. Anda o cinema europeu há anos a fazer filmes do género para trazer a homosexualidade à boca do mundo e Hollywood reolveu a qustão com um só filme que ainda por cima esgota bilhteiras e está nomeado para oito Óscares!
- Hoje, domingo, acrordei mais cedo porque tinha a meu cargo a árdua tarefa de limpar a cozinha e o meu quarto forrado a papel de parede que acumulava pó em todos os malditos cantos. Acabei por fazer umas pequenas mudanças de decoração, mas o resultado não foi muito positivo. O meu lindo candeeiro IKEA ficou incomodado com a mudança de posição e queimou o fusivel, apagando-se de vez. E pior de tudo, a minha TV de 88 euros da worten, com menos de dois anos de uso, resolveu meter reforma antecipada e não me deixa ver coisa alguma. O som ainda ouço mas no lugar das imagens a cores está apenas um écra cinzento.
Domingo à noite refastelada numa cadeira na sala com os pés em cima do aquecedor.
O Herman toca no fundo para conseguir audiências.
Tenho 55 canais da TV Cabo e não consigo ver nenhum programa que agrade...
- passei a noite de sexta-feira enfiada no quarto a trabalhar com o portátil à frente;
- no sábado ia a entrar num autocarro no Rossio e vi a mão de um senhor dentro do meu saco. A minha mãe está sempre a dizer-me para eu comprar sacos que tenham um fecho ou qualquer outro mecanismo que permitam isolar o conteúdo, mas eu penso sempre que nunca me acontece a mim. E só não aconteceu porque eu dei conta a tempo. Disse das boas ao homem em frente a toda a gente que estava a espera naquela paragem e ele acabou por esperar pelo próximo autocarro, pois naquele já não conseguia roubar nada.
- O Francisco Louçã foi praticamente meu companheiro do lado na sessão do filme Brokeback Mountain. Já o estou a ver nas próximas semanas a apresentar um projecto de lei a favor do casamento entre homosexuais. Viva o amor sem barreiras, se dois vaqueiros norte amercianos podem, Portugal também pode!! Eu até gostei do filme, é realmente uma bela história de amor, mas que só tem piada porque é entre dois homens. E tenho que confessar que algumas cenas me fizeram um pouco de confusão. Mas é sem dúvida uma forma de, á boa maneira americana, se resolver um tabu. Anda o cinema europeu há anos a fazer filmes do género para trazer a homosexualidade à boca do mundo e Hollywood reolveu a qustão com um só filme que ainda por cima esgota bilhteiras e está nomeado para oito Óscares!
- Hoje, domingo, acrordei mais cedo porque tinha a meu cargo a árdua tarefa de limpar a cozinha e o meu quarto forrado a papel de parede que acumulava pó em todos os malditos cantos. Acabei por fazer umas pequenas mudanças de decoração, mas o resultado não foi muito positivo. O meu lindo candeeiro IKEA ficou incomodado com a mudança de posição e queimou o fusivel, apagando-se de vez. E pior de tudo, a minha TV de 88 euros da worten, com menos de dois anos de uso, resolveu meter reforma antecipada e não me deixa ver coisa alguma. O som ainda ouço mas no lugar das imagens a cores está apenas um écra cinzento.
Domingo à noite refastelada numa cadeira na sala com os pés em cima do aquecedor.
O Herman toca no fundo para conseguir audiências.
Tenho 55 canais da TV Cabo e não consigo ver nenhum programa que agrade...
terça-feira, fevereiro 7
blink and you'll miss it
Quando pensamos que estamos a fazer tudo o que está a o nosso alcance para que a outra pessoa sinta que estamos a partilhar o melhor de nós, do nada surgem palavras que não esperávamos ouvir e que nos poem a pensar para que raio nos esforçamos tanto.
No fundo, acho que a todas as relações, sejam elas de que índole forem, se aplica a velha máxima: dás a mão e eles querem-te o braço. E eu dou-me conta de que também já dei o braço, mas prefiro ficar por aqui.
Se não valorizamos o que temos à frente o melhor é deixá-lo solto para que outros lhe possam dar valor...
No fundo, acho que a todas as relações, sejam elas de que índole forem, se aplica a velha máxima: dás a mão e eles querem-te o braço. E eu dou-me conta de que também já dei o braço, mas prefiro ficar por aqui.
Se não valorizamos o que temos à frente o melhor é deixá-lo solto para que outros lhe possam dar valor...
sexta-feira, fevereiro 3
Contra relógio
Crescemos depressa demais.
De repente só temos fotografias para nos lembrarmos da infância. Os amigos começam a casar-se de repente ao ritmo de um ou dois por ano. E eu ponho-me a pensar, será que são eles que têm pressa ou serei eu que acho que uma decisão destas quanto mais tarde for tomada, melhor?
As responsabilidades desabam-nos em cima diariamente. Já ninguem paga as contas por nós, ninguém nos trata da roupa, ninguém tem o jantar pronto quando chegamos a casa. De repente somos só nós, a levantarmo-nos da cama quase de madrugada, todos os dias, a chegar ao emprego, abrir a agenda e ver onde vamos gastar o tempo, a beber um café que não sabe a café, a dar uma vista de olhos nos jornais, a conferir o email...
De repente já não somos adolescentes. Já não nos são permitidas determinadas atitudes, todos esperam o melhor de nós, e nós ansiamos pelo sucesso. Aos 25 anos não temos nada e queremos tudo. Ainda não somos adultos mas já não somos adolescentes. Ainda não conseguímos o sucesso, mas provamos todos os dias que, mais cedo ou mais tarde, vamos lá chegar.
Será de mim, ou aos 25 anos o mundo parece correr depressa demais para o conseguirmos acompanhar?
De repente só temos fotografias para nos lembrarmos da infância. Os amigos começam a casar-se de repente ao ritmo de um ou dois por ano. E eu ponho-me a pensar, será que são eles que têm pressa ou serei eu que acho que uma decisão destas quanto mais tarde for tomada, melhor?
As responsabilidades desabam-nos em cima diariamente. Já ninguem paga as contas por nós, ninguém nos trata da roupa, ninguém tem o jantar pronto quando chegamos a casa. De repente somos só nós, a levantarmo-nos da cama quase de madrugada, todos os dias, a chegar ao emprego, abrir a agenda e ver onde vamos gastar o tempo, a beber um café que não sabe a café, a dar uma vista de olhos nos jornais, a conferir o email...
De repente já não somos adolescentes. Já não nos são permitidas determinadas atitudes, todos esperam o melhor de nós, e nós ansiamos pelo sucesso. Aos 25 anos não temos nada e queremos tudo. Ainda não somos adultos mas já não somos adolescentes. Ainda não conseguímos o sucesso, mas provamos todos os dias que, mais cedo ou mais tarde, vamos lá chegar.
Será de mim, ou aos 25 anos o mundo parece correr depressa demais para o conseguirmos acompanhar?
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