domingo, agosto 27

Dia 0 de mais uma semana

Mais uma viagem, a mesma de sempre, a mesma rotina.
À chegada peguei num saco que não era meu mas era igualzinho, o meu já não estava lá.
Pânico. As minhas roupas, os meus cremes e o meu perfume, a minha maquilhagem, os meus sapatinhos lindos, o meu carregador de telemóvel e o carregador do MP3... tudo nas mãos de outra pessoa, não sei onde, tudo perdido entre Viseu e Lisboa, sabe-se lá onde poderiam estar.

Abri o saco que tinha nas mãos. A primeira coisa que pensei foi: quando virem as minhas coisinhas lindas vão ficar com elas. Não consegui perceber o que estava dentro do saco: roupa suja misturada com uns chinelos de praia pretos de tão gastos e imundos, uma escova de cabelo cheia de cabelos e um secador dos anos 80. Pânico.

Fecho o saco e entrego-o juntamente com o meu número de telemóvel, para o caso da pessoa ser honesta como eu e querer os seus haveres.
Venho para casa de mãos a abanar. Pouco depois ligam-se.
O meu saquinho foi parar a Abrantes, deu uma voltinha maior do que o habitual, mas voltou para mim, com tudo lá dentro....

E eu penso no valor que damos às coisas, aos objectos. Podem não ser grande coisa mas são nossos, têm uma história. Que valor têm os nossos objectos quando já não os temos?

1 comentário:

Menina da Lua disse...

Pois, realmente só damos valor às coisas nestas alturas! Fico sempre com o coração nas mãos quando faço um check-in! :) Beijo meu