Quando me meti pela primeira vez num autocarro da Rede Expressos rumo a Lisboa, não sabia o que me esperava. Achei a viagem horrivel e interminável. Pensei logo que não conseguiria aguentar aquilo por muito tempo, aquela distância física e psicológica das minhas verdadeiras raízes.
Primeiro tudo me parecia mau. Uma casa feia, numa zona que eu não sabia muito bem se era central, se era manhosa. Andava na rua desconfiada, a olhar para tras. Não me aventurava muito em sitios que não conhecia.
Depois comecei a ter uma rotina. A ter que ir trabalhar para sitios que eu não fazia a minima ideia onde ficavam. E comecei a alargar os meus horizontes. E a entranhar a cidade.
E depois de viagens Viseu-Lisboa que já perdi de conta e de percorrer estas ruas a pé e de taxi. E depois de dois anos a desenrascar-me, a conquistar o meu espaço aqui, a enraizar-me no meio dos outros desconhecidos, chego à conclusão de que gosto muito de fazer parte desta cidade... sabe bem sentir que nos conseguimos adaptar...
sexta-feira, maio 19
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2 comentários:
e que saudades:do nosso jardim, das nossas noites de cinema, do tejo, do bairro, do autocarro 26, de andar de metro, da correria diária, dos pasteis de belem, da nossa varanda, do sr. oliveira e daqueles 5 minutos do hoje pago eu, amanha paga tu...
volta...o teu quarto está livre outra vez..
acreditas que nunca mais fui tomar café ao outro lado da rua?
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