segunda-feira, fevereiro 26

O amor: mito ou realidade?

E primeiro lugar vamos esquecer aquelas babuseiras todas de poeta de que o amor é fogo que arde sem se ver e ferida que dói e não se sente. Falando a serio o que é o amor?
Quando dizermos "Amo-te" o que é que isso quer dizer exactamente? Que achamos que aquela é a pessoa que queremos ao nosso lado no bem e no mal, na saúde e na tristeza? Que acreditamos que com aquela pessoa a vida será melhor, conseguiremos ultrapassar todos os obstáculos e mantermo-nos juntos para o sempre da nossa existência?
Digam-me, alguém acredita mesmo nisso? Alguém acredita profundamente em todos os votos e juras de amor que faz?
Eu tenho que ser muito sincera, eu tenho dúvidas. Acho que uma decisão como o casamento se deve basear em evidências e não em certezas. Conhecemos uma pessoa, passamos bons e maus momentos com ela, conhecemos a família e toda a mobília que faz parte da sua vida e, se tudo correr bem durante algum tempo, se tudo correr bem até sentirmos que estamos a ficar velhos e que nos aproximamos vertiginosamente dos trinta a passos largos e corremos serios riscos de nunca mais encontrar ninguém, está na hora e tomamos uma decisão. Das duas uma:
- hipótese A: continuamos com a nossa vidinha de solteirões, independência é a palavra de ordem, queremos uma relação amorosa mas nada de grandes compromissos e arriscamos num "vamos namorando até...";
- hipótese B: começamos a preparar o casamento sem nos darmos conta. Começamos a pensar comprar casa em cnjunto. Compramos a casa. Começamos a ver quintas para o casamento, vestidos de noiva, o fotógrafo, os convites. Sem nos apercebermos já estamos a entrar por uma qualquer igreja, todas as pessoas a sorrirem e nós a não querermos pensar no resto. Aquele tem que ser o dia mais feliz das nossas vidas. Antes de anoitecer já estamos casados, de aliança no dedo, já comemos o bolo, tiramos 3000 fotografias, ouvimos parabéns durante o dia todo, doem-nos os maxilares de tanto sorrir para o fotógrafo.

Como e quando é que se tem a certeza de que queremos casar com aquela pessoa? Alguém tem a certeza quando diz o sim? Eu tenho cá para mim que prefiro basear-me em evidências.

E no meio de tudo isto o que é o amor? A que é que se resume o amor? Será o amor mesmo para toda a vida ou isso é uma daquelas falsas verdades na qual precisamos de acreditar para que conceitos como o casamento, família, façam sentido?

4 comentários:

Anónimo disse...

Pois é amiga! O amor é daquelas coisas que não se conseguem explicar... como é que um sentimento tão bonito às vezes nos pode magoar tanto? Como é que podemos explicar que quando amamos alguém sentimo-nos as pessoas mais felizes do mundo? o amor tem destas coisas: a pura alegria quando amas e és amada e a mais completa tristeza quando amas e não és correspondida! O amor também não é uniforme! A mãe ama o filho(a), a tia ama os sobrinhos e assim sucessivamente. Depois aparece-te um gajo que ao fim de alguns dias também dizes: eu amo aquele homem... Pois é, e depois? como controlamos o amor? Como conseguimos manobrar o amor e todas aquelas sensações que o amor nos provoca?? Aqui está, não conseguimos! O amor é como um carro que entra em despiste! por mais que tu traves, por mais que rodes o volante, ele não corresponde às tuas ordens... segue o seu próprio caminho! O amor está em todas as musicas, sejam pimba, seja pop, seja rock, seja kisomba.. ele está em todo o lado!
Por isso, resta-nos deixar que o amor entre nas nossas vidas! Não há nada a fazer.... Ele que venha e que seja o que Deus quiser...

Gwyneth disse...

O Amor,para mim, é um daqueles mistérios que jamais saberemos definir...no fundo, se analisarmos bem e se partirmos pelo facto do "Amor" ser um sentimento, podemos afirmar que é um sentimento bastante ambíguo...As pessoas esquecem-se que para cada acção existe, obrigatoriamente, uma reacção...e que para cada sentimento existe o seu oposto...amar-odiar, rir-chorar...

Só sei que nada nesta vida é eterno e sinceramente os votos do casamento não tem qualquer significado para mim...acredito que todos nós necessitamos de ter uma companhia, porque "ninguém é uma ilha"...mas daí a sentir uma certeza que "terminarei os meus dias com esta pessoa"...

...Não há certezas esta vida e obviamente que o Amor não é uma delas...

Bjinhos :)

P.S: Adorei o teu blog, conheci-o através da Scarlett...vou colocar-te nos meus favoritos :D

Inês disse...

Aqui vai um comentário um tanto ao quanto deslocado, mas só agora é que descobri o teu blog:
Não te preocupes com essas interrogações, porque elas só existem enquanto não descobrires o teu "mais que tudo".
Quando se ama (ou se pensa que se ama se preferires) claro que é para toda a vida, claro que só há planos, projectos e sonhos. Claro que é tudo cor-de-rosa e ai de quem disser o contrário.
Será tudo uma grande ilusão ?
Espero bem que não...

Unknown disse...

Creio em três sentimentos no amor:

EROS - Sentimento entre duas pessoas

O amor do tipo eros é aquele amor romântico que uma pessoa sente por outra. É o amor que se liga de forma mais clara à atração física, e freqüentemente compele as pessoas a manterem um relacionamento amoroso continuado. Nesse sentido também é sinônimo de relação sexual.

Philos - Amor Amizade

Philos é o amor sobre a forma de amizade. É aquilo que sentimos pelos outros. Quando a chama de Eros não consegue mais brilhar, é Philos que mantém os casais juntos.

É o amor sem desejo.

Ágape - O amor que devora, incondicional

Ágape é o amor total, o amor que devora quem experimenta. Quem conhece Ágape, vê que nada mais neste mundo tem importância, apenas amar.