terça-feira, maio 23

Futebol..

A minha relação com o futebol é assim um misto de indiferença e desprezo. Não tenho clube, não me importo com campeonatos e quero distância de conversas sobre transferências de jogadores e treinadores.

Não tendo eu paciência para notícias sobre futebol, fico extremamente preocupada quando penso que ainda nem começou o Mundial e a minha antena de ligação à actualidade já me diz que atingi o limite. Pessoal, por muito que todos gostássemos, alguém acredita mesmo que vamos ganhar o Mundial? Ou que vamos repetir a proeza do Euro 2004?

Eu não sou pessimista mas não estou muito crente...
E iniciativas como a bandeira da mulherada só tornam a coisa pior. Mas quem é que se mete num trânsito infernal num sábado a tarde com uma temperatura que acaba com qualquer protector solar factor 50 para formar uma bandeira?

Não há paciência para tanta notícia sobre o Ronaldo e Figo e companhia. No meio de todas as coisas que se dizem da selecção, interessou-me particularmente uma reportagem sobre o que é que os jogadores levavam na mala para o estágio. O Nuno Gomes e o Petit, criaturas inocentes nestas andanças da comunicação social disseram que levavam o novo filme da Sharon Stone, ora o dito cujo ainda não está disponível em DVD. Quem gostou de ouvir tais declarações foi a PJ que quis saber como é que o filme foi parar à malinha do Nuno Gomes...

Já estou a ver a notícia: Mulherada da bandeira manifesta-se na PJ exigindo libertação de Nuno Gomes, preso após terem sido descobertos 1000 filmes piratas nas suas várias residências.

sexta-feira, maio 19

Lisboa

Quando me meti pela primeira vez num autocarro da Rede Expressos rumo a Lisboa, não sabia o que me esperava. Achei a viagem horrivel e interminável. Pensei logo que não conseguiria aguentar aquilo por muito tempo, aquela distância física e psicológica das minhas verdadeiras raízes.
Primeiro tudo me parecia mau. Uma casa feia, numa zona que eu não sabia muito bem se era central, se era manhosa. Andava na rua desconfiada, a olhar para tras. Não me aventurava muito em sitios que não conhecia.
Depois comecei a ter uma rotina. A ter que ir trabalhar para sitios que eu não fazia a minima ideia onde ficavam. E comecei a alargar os meus horizontes. E a entranhar a cidade.

E depois de viagens Viseu-Lisboa que já perdi de conta e de percorrer estas ruas a pé e de taxi. E depois de dois anos a desenrascar-me, a conquistar o meu espaço aqui, a enraizar-me no meio dos outros desconhecidos, chego à conclusão de que gosto muito de fazer parte desta cidade... sabe bem sentir que nos conseguimos adaptar...

quinta-feira, maio 18

Actualização do estado de humor...

Ando alheada de mim mesma. Sem me dar atenção, descurando o que se passa e quem está à minha volta. Não tenho já paciência para as mesmas coisas e tenho a sensação de que me deixei levar pela rotina e pelo trabalho.

Maio é um mês para esquecer. O trabalho entranhou-se de tal modo nos poros da minha pele que nem o banho, ao final do dia, mo tira do corpo.
Não há um único dia em que não espirre pelo menos umas 50 vezes e gaste os 100 lenços de papel que trago na carteira. Malditas alergias. Ontem, depois de 12 horas de crise no Dia do Iogurte caí na cama e mal respirava tal o grau de obstrução das vias nasais. Foi tal o desespero que até um Zirtec fora da validade tomei...

Tenho dois casamentos nos próximos 20 dias. Preciso de ir às compras e nem vontade tenho para isso. Trabalhar é bom para não gastarmos dinheiro. Estamos tão ocupados que nem pensamos em gastar. Há umas 3 semanas que não vejo o meu saldo bancário, só pode ser bom sinal...

Tenho a vida toda à minha frente e não consigo fugir do que me prende aqui. Como é que se faz para não sermos só o que fazemos no dia-a-dia?