terça-feira, novembro 21

Mais um dia

Estava praqui a pensar em como os dias são pequenos e nós nem nos damos conta. Andamos sempre a pensar nos fim-de-semana, nas férias, como um escape para o trabalho, para as rotinas, para as coisas chatas que temos que fazer para receber uns trocos no final do mês que nos permitem ter fins de semana e férias de jeito.
E nesta ânsia de arranjar uma fuga nem nos apercebemos que estamos, no fundo, a desejar que o tempo passe. Vamos ficando mais velhos... Nem nos damos que cada dia que passa é menos um em que tivemos a oportunidade de mudar, de fazer algo diferente, de mudar a rotina, e não o fizemos....Porquê? Voltamos ao início, porque precisamos de trabalhar para nos mantermos ocupados, para ganharmos dinheiro, para termos férias para descansar disto tudo.
É uma contradição. E é uma forma de conseguirmos traçar metas e objectivos, digo eu, que não vivo sem eles...

domingo, novembro 19

Síndroma de Domingo

É Domingo.
Fui abastecer a cesta da fruta e a prateleira dos legumes no frigorífico. O Pingo Doce está novinho em folha, até apetece comprar mais coisas...
Estão a passar filmes atrás de filmes na Tv e eu nem olho para lá.
Estou a fazer o start up da semana. Press Releases, informação de agenda, alguns contactos...
Está frio, já vesti não sei quantas camisolas e continuo a tiritar e a sentir-me desconfortável com a temperatura.
Comi metade de um pacote de 200gr daquelas gomas em formato de urso.
Há lá coisa melhor do que um Domingo descansado?

Há aqui qualquer coisa que...

Passei o dia em arrumações. Dizem que quando queremos organizar o nosso espaço e os nossos objectos é porque no fundo sentimos também a vontade de mudar qualquer coisa na nossa vida.
Não sei se foi esse o motivo que me fez andar de um lado para o outro a mudar livros e cds de sitio. Acho que foi mais a necessidade de me sentir ocupada. Um fim-de-semana sem trabalhar em Lisboa é uma coisa estranha, porque parece que não consigo quebrar o ritmo da semana. Preciso de ir para casa, de ouvir silêncio, de me sentir 300 km longe disto tudo.
Nesta casa está tudo no sítio e arrumado como munca. Menos eu. Há qualquer coisa cá dentro que não me tem deixado sossegada. Uma inquietude, uma incerteza, uma revolta, qualquer coisa que aparece em rasgos no meu pensamento e logo desaparece. Mas que me atormenta, me deixa desconfortável.
De onde vem estar estranheza?

quinta-feira, novembro 16

Quero outra vida...

A minha vida nos últimos dias tem sido uma porcaria.
As situações por que tenho passado só me têm servido para provar que eu não me conheço a mim própria, que cá dentro há força que eu não sei de onde vem, há vontade de ir em frente e fazer mais, vontade essa que resiste mesmo quando um só empurrão é suficiente para me deitar ao chão.
Ontem consegui enfiar 600 pessoas numa sala do São Luiz. Desenrolei roll ups, coloquei arranjos de flores, recebi pessoas, encaminhei jornalistas, dei bilhetes, distribuí balões, promovi entrevistas, peguei no microfone e mandei toda a gente sentar-se. Vi-me obrigada a vestir a minha roupa de gala em 5 minutos no WC do teatro, por pouco ficava sem collants, mas lá consegui manter a compostura de uma lady.
Cheguei a casa com a cabeça a pesar toneladas.
E hoje, levantei-me à mesma hora e lá foi a escrava preparar mais uma aventura. Se isto é uma prova à minha resistência física e mental, devo dizer que já tive dias melhores.
Eu sinto que isto não é vida para mim, mas lá no fundo dá-me um gozo tremendo matar-me a trabalhar para, no final, poder responder "correu muito bem".

domingo, novembro 12

Reconhecem esta música?



E dia 23 lá nos encontramos na Aula Magna...

quinta-feira, novembro 2

Telemovel parte II

Hoje vou ter que falar bem do telemóvel.
Não fiz outra coisa senão dizer "estou sim" o dia todo.
Colocar o nosso nome e o nosso número de telemóvel numa informação de agenda com um título apelativo e enviá-la para as redacções faz maravilhas...
O evento é só amanhã mas esta parada já está ganha..
Venha o próximo que isto agora só pára em Dezembro....

quarta-feira, novembro 1

O chamado telemóvel profissional

Lá se passou o feriado. E a única coisa que me ocorre dizer é que os telemóveis são a pior coisa que podia ter sido inventada. Pronto, são bons para manter contactos pessoais, para falar com os amigos, com os namorados, com os pais, a familia e o piriquito, mas profissionalmente são um pesadelo.
Para além, de ter que andar com dois telemóveis no saco, coisa que me irrita seriamente, tenho que estar sempre disponível, posso estar no WC, a fazer o jantar, no ginásio, em qualquer lado, não interessa. Seja qual for a razão que invoque ninguem percebe porque é que não atendi o telemóvel. E o pior é que nunca sabemos quem poderá ser.
Hoje aproveitei para passear e fazer aquelas comprinhas que fazem sempre falta no armário. E digo-vos que não há coisa pior do ter a porcaria do aparelho aos berros, a tocar que se farta, como se não houvesse amanha. Lá tive que me desligar do feriado e adoptar a minha postura profissional para atender e dizer "estou sim". E não é que do outro lado estava o Prof. Dr. António das Couves do Hospital de não sei das quantas a procura não sei de quem, ou a precisar de um contacto qualquer que eu, em pleno feriado, fora do escritório e sem paciência não tinha para lhe dar.
E volto para casa chateada quase a 200 à hora na 2ª circular para finalmente encontrar o tal contacto e ligar ao Prof. Dr. António das Couves e ele dizer-me: "olhe entretanto já encontreio o número".
Meus amigos, a vida é dificil...