quarta-feira, setembro 27

A girl with 25



I am a bird girl now
I've got my heart
Here in my hands now
I've been searching
For my wings some time
I'm gonna be born
Into soon the sky
'Cause I'm a bird girl
And the bird girls go to heaven
I'm a bird girl
And the bird girls can fly
Bird girls can fly


Antony And The Johnsons
Bird Guhl

terça-feira, setembro 19

Faz-me falta...

... os meus pais: as minhas raízes ficaram a mais de 300 km de distância. Faz-me falta a segurança, o carinho, a ajuda, o incentivo. O abraço e o amor que estão sempre longe quando deles mais precisamos.
... a Tina: a minha melhor amiga ficou em Coimbra. Faz-me falta pela companhia, pelas risadas, pelas confidências, pelas interminaveis viagens Viseu - Coimbra, pelas maluquices como saltar da cama às 2 manhã para ir beber um copo ao Dom Dinis. E pelas torradas com doce que comíamos às 5 da manhã ao chegar a casa.
... Coimbra: a cidade mais mágica do mundo, sinto falta de tudo, até das noitadas em branco a estudar e a ouvir o Oceano Pacífico. Dos amigos: Marco (fazem-me falta os filmes, as conversas à porta de tua casa, os passeios pela cidade no final de um dia de Julho) e Marta: faz-me falta a alegria e a convicção, a partilha de sonhos, o Couraça, sempre café no Couraça, as saídas à noite. Faz-me falta o amigo Carlos que se perdeu no país e não mais deu notícias. E todos os outros amigos que fui encontrando durante 4 anos, todos os amigos que me fizeram rir e chorar. Faz-me falta a varanda da minha casa virada para o Mondego e todas as horas que lá passei.
... o jornalismo: faz-me falta pelo ar descuidado e despreocupado, pelos leads que demoravam horas a sair em condições, pelo stress, pela A Capital, pela secção e Cultura & Lazer e pelo Info&Net, pelas palavras que deixei de escrever e por todas as que ainda tenho para escrever...


...

segunda-feira, setembro 11

Bad monday

O Pacheco Pereira e o Mário Soares estão a falar sobre terrorismo e ordem mundial e estados unidos e 11 de Setembro.
Os vizinhos do lado falam alto que se farta.
A casa está tao silenciosa que quase consigo ouvir os meus próprios pensamentos a ruminar.
Estou sem vontade de fazer grande coisa.
Tive um dia da treta.
Ainda sem computador andei a mudar de mesa em mesa, o dia todo para conseguir trabalhar.
Doi-me a cabeça.
Tive que gramar com uma tiazorra que diz que faz jóias em cristais swarovsky mas que no fundo não passam de missangas baratas...E tenho tanto azar que quando me foi oferecer um anel os meus dedos são tão fininhos que todos os que ela tinha na exposição me escorregavam do dedo.
Jantei duas torradas com doce e um copo de leite, tarde e a más horas.

E hoje ainda é so segunda-feira.

quinta-feira, setembro 7

Colapso

A máquina andava a ameaçar desde o início da semana. E eu avisei, fartei-me de avisar que o raio do computador estava mais lento, que bloqueava por tudo e por nada, que era preciso ligar a impressora a outro PC, que tinha que reiniciar de meia em meia hora. Eu avisei, ninguém me ouviu. Resultado: todos os emails que acumulei durante um ano foram à vidinha deles juntamente com o disco.
E amanhã vou chegar ao escritório e passar o dia a ler revistas.
Eu avisei...

terça-feira, setembro 5

Lisboa

Comecei a semana com uma atitude positiva. É assim que temos que ser...positivos.
Ok, há coisas que podiam ser melhores, há coisas que gostaríamos de mudar, há coisas que nos aborrecem e nos deixam em baixo de vez em quando, mas temos que pensar positivo.
Toda a gente que eu conheço que não mora em Lisboa e que pensa que Lisboa é só confusão, stress, barulho, trânsito e tudo de pior que possa existir, me pergunta porque é que eu continuo aqui, porque é que eu não tento arranjar um emprego em Viseu, onde tudo é mais calmo, onde estou perto da família, onde poupo dinheiro na renda, onde a vida é mais barata e mais calma.

E eu tenho dificuldades em explicar os meus motivos. Porque só quem vive aqui sabe porque é bom viver aqui. Já ninguém cai naquela conversa do emprego e das oportunidades. E por muito que eu faça uma lista de coisas boas que Lisboa tem, no final da conversa o comentário é sempre o mesmo "devias era voltar para cá".

No sábado armei-me em turista de máquina fotográfica ao ombro e parti à re-descoberta da Baixa, tomei um café na Brasileira, fiz compras nos Armazéns do Chiado. Fui jantar à Adega do Teixeira no Bairro Alto...

Ontem dei por mim a cantar num Pavilhão Atlântico cheio, ou à beira disso, aquelas músicas que eu ouvia tantas vezes há uns anos atrás... Confesso que nem conhecia bem o novo álbum, mas isso não interessa nada porque quando se gosta de Pearl Jam, gosta-se mesmo e para sempre. E apesar de ter chegado a casa tardíssimo, de ter adormecido já passava das 2 da manhã, acordei hoje com uma vontade incrível de sair para a rua e repetir a rotina.

É por isto que eu gosto de Lisboa...