terça-feira, maio 29

Dave Mathews e etc

O concerto de sexta feira foi excelente! Tenho que confessar que fiquei um bocadinho desiludida no principio porque facilmente percebemos que a meia dúzia de gajos em cima do palco está ali para aproveitar e a borrifar-se para um Pavilhão Atlântico certamente esgotado. Contudo, quando pensávamos que aquilo deveria estar mesmo a terminar começa o concerto a sério com os grandes êxitos que todos conhecem de cor e salteado. O melhor foi sem dúvida a abertura com Everyday, a interpretação de Too Much e o solo do Dave em Gravedigger. Três horas de concerto que me fizeram sentir velhota pela tremenda dor de pernas com que saí de lá. Como é que eu aguentava, há 3 anos atrás, uma semana de noitadas na Queima? Meus amigos...os anos afinal pesam...

E agora uma coisa que não tem nada a ver. Já alguém viu o novo anúncio do Seat Leon? Eu nunca me identifiquei tanto com um anúncio como com este.No fim deixam-nos com uma frase deliciosa que me serve que nem uma luva:

As melhores coisas da vida não são as que nos pertencem, mas as que são donas de nós...

quarta-feira, maio 2

It all comes down to nothing

Sabem quando pensam que dão tudo a uma pessoa, que dão o vosso melhor para que as coisas corram bem, para que a pessoa sinta que gostamos dela, que fazemos as coisas por ela e, ainda assim, essa pessoa, que vocês pensavam que vos conhecia melhor do que ninguém, vos atira à cara que os dias que passam juntos se estão a tornar rotina e são uma merda? Assim...
Desiludida.
Penso nos quatro anos que estão para trás, no que se pensa que está pela frente e que às vezes pensamos se irá acontecer, se será mesmo aquilo que queremos, se temos a certeza, se valerá a pena.
Indiferente.
Insistes na mesma coisa uma e outra e mais uma vez como se alguma coisa mudasse por insistires tanto. Eu já não sei se me importo, se quero saber. A sério, às vezes não sei...já não sei. Uma e outra vez insisites que eu sou isto, que eu nunca faço o que queres, como se de há quatro anos para cá fosse eu sozinha a ditar as regras deste jogo.
Ferida.
Tenho gravadas em mim desilusões que nunca superei. Histórias que me feriram fundo e que eu pensava poder passar por cima, mas não deu. Não dá. Há coisas que não se esquecem. Esta é mais uma delas. Mais uma que me atiras à cara. Consegues relativizar tudo, diminuir tudo a alguma coisa que achas que eu tenho de mal, um defeito.
Chegas aqui com essas histórias que não me dizem nada, toda a gente faz e nós também devíamos fazer, toda a gente vai e nós também devíamos ir. Há coisas que toda a gente faz e tu não fazes, coisas com que toda a gente se importa e tu nem aí, coisas que me preocupam e que tu dizes que estás a tratar disso para daqui a uns anos... E essas coisas? E as coisas que eu acho importantes? Não te interessa falar disso, dessas coisas. Adias tudo para daqui a uns anos. Já não sei se temos esse tempo todo...