terça-feira, julho 25

Insónias

Cada vez mais me convenço de que a vida são dois dias e que a felicidade é relativamente impossível. Porque somos insatisfeitos por natureza. Porque queremos sempre mais. Porque quando pensamos que conseguimos assentar as rodas no alcatrão, colocar os carris no lugar certo, acontece alguma coisa que nos fura o pneu, que nos faz descarrilar, esbarrar contra o vazio das coisas.

Tenho medo das doenças de que falo todos os dias, que se passam a minha volta, que batem à porta de conhecidos, amigos, familia e lhes destroem os sonhos.
Tenho receio de não tomar as decisões certas, e adio-as até ser inevitável. Fico ali dividida entre os dois lados da balança cheia de dúvidas que me tornam insuportável. Tenho vontade viver os mesmos dias de outrota e medo de voltar a cometer os mesmos erros. Tenho medo de adormecer nas rotinas, de não saber, de não querer saber...
Quanto vale o tempo que tivemos? E o que ainda temos?

E o que somos depois do nosso tempo passar? Nada... para além do soubemos fazer melhor...E o que é o meu melhor?

segunda-feira, julho 24

Um ano depois...as férias

Começamos a perceber que somos alguém quando vamos de férias e temos coisas para deixar aos colegas. Quando percebemos que há pessoas que dependem de nós e que quando não estamos, ficam assim meio perdidas sem respostas para as perguntas que insistentemente nos fazem. É bom, desde que o telemóvel não toque durante o merecido descanso.

Estou a contar os dias para desaparecer daqui. Para partir para outras paragens e esquecer que tenho pessoas que me chamam por tudo e por nada. Quero recarregar baterias e começar de novo. Mais forte e segura.

Há um ano por estes dias vivia a, até então, pior semana da minha vida. Um ano passou desde que A Capital chegou às bancas pela última vez, nesse dia pensei que ia desaparecer também. Entretanto os meus projectos de vida foram mudando e mudando a maneira como encaro os dias e o futuro. O jornalismo ficou em segundo ou terceiro plano. Num plano que por enquanto está longe, e assim quero que fique.
Faço comunicação sobre outra perspectiva mais crua, mais fria, menos ingénua, sobretudo mais realista do que o jornalismo que ainda vive de utopias.

Um ano depois faço a mala com a certeza de que tenho um sítio para onde voltar...

quinta-feira, julho 20

A nossa Nintendo DS Lite

Eis que descobri o mundo dos videojogos. É certo que já tinha tido algumas experiências em PC’s e em tardes de PlayStation a aturar o meu afilhado, mas a coisa nunca me tinha convencido muito.
Até... ter tido contacto com esse grande invento da tecnologia: a Nintendo DS Lite. Um estudo divulgado recentemente diz que o vício provocado pelos videojogos é semelhante ao da cocaína, meus amigos só vos tenho a dizer que é um vício messsssmoooo bom...
O jogo que mais tempo me rouba é o Brain Training, que basicamente nos obriga a fazer cálculos mentais e através de pequenos jogos avalia a nossa idade cerebral... Mas, para tal é necessário jogar todos os dias. O Dr. Kawashima, que é quem nos guia pelo jogo, vai-nos dando dicas, para durante o dia exercitarmos a nossa actividade cerebral.

Só vos tenho a dizer que a consola nem sequer é minha mas há duas semana que não a largo.
Estou a pensar comprar uma cor-de-rosa quando chegar ao mercado português...
Ontem estive ate à 1 da manha a jogar Sudoku...

Estarei viciada?

quinta-feira, julho 6

sorrir e acenar...

Eu bem que pensava que Julho ía ser um mês calmo, mas as reuniões começam a preencher a minha agenda ao ritmo de uma por dia. E eu que cada vez tenho menos paciência para fazer aquelas conversas de circunstância, dou por mim, dois dias seguidos, a conversar com pessoas que falam que se fartam das suas vidas e de futebol e do estado em que se encontra o nosso país, cada vez pior, sem emprego , sem perspectivas...
E eu tento virar o assunto para o que interessa e falar de uma doença que afecta 500 mil portugueses e que será a sexta causa de morte no mundo em 2020 e cuja causa principal é o tabaco... e ela acende mais um cigarro.
E eu espanto mais uma mosca que não me larga a pele e mudo de posição na cadeira de metal que me deixa as calças coladas às pernas... E tento acabar a conversa três vezes, e ela pede mais um café e eu olho à volta e sorrio...just smile and wave girls, smile ang wave, that's the only way you can do this...

quarta-feira, julho 5

Portuguesas versus Francesas

O Scolari está a falar à nação.. depois de 90 e tal minutos a ver se a bola entrava na baliza da França, sem resultados, só me lembro de uma coisa: as francesas não fazem a depilação nas axilas.
Nós, portuguesas teríamos uma claque muito mais bonita no último jogo deste mundial...

segunda-feira, julho 3

Coisas para fazer

Acho que estou a perder aquela vontade e o prazer de escrever que tinha antes...
Não sei se é por falta de tempo ou por falta de motivos mas tenho deixado andar os dias sem me sentar em frente ao monitor e despejar as coisas que cá vão dentro.
Não há muito a dizer, é certo, mas sempre tive tanta necessidade de marcar no papel os sentidos e sentimentos que não sei ser sem isso...E ao mesmo tempo sempre que o faço não sei o que escrever.
Quando ando de comboio tenho uma tendência para pensar na vida, nas coisas que gostava de fazer, nos sonhos, nas frustações. Dei por mim, numa das últimas viagens e ao virar a ultima pagina do mais recente livro de Paul Auster, a pensar que seria bom ter um projecto só meu, do género escrever um livro. É uma tontice, mas sinto falta de ter alguma coisa que me prenda quando chego a casa... obrigar-me a concentrar, a ponderar, a procurar as palavras...

O vento suave entra-me pela janela e traz-me o cheiro a comida da vizinha do andar de baixo. Penso que amanhã vou ter outro dia com pouco para fazer, e penso que terei dias sem tempo para fazer tanta coisa. Penso nas férias e nos sítios que quero vistar. Penso nos meus pais, longe. Penso na solidão. Penso em estudar novamente. Penso em nós. Nos sonhos que temos e no tempo que passa a correr...

Estive a fazer um refresh dos cds que tenho espalhados pelas prateleiras, sabe bem ouvir coisas que não gostámos quando as ouvimos pela primeira vez...
Sigur Rós faz-me companhia hoje...novamente.