quarta-feira, abril 26

home sweet money

Nada de novo no horizonte.
O trabalho ganha volume de tal forma que sinto que está para breve o momento em que vou ser levada por uma tromba de água. E vou demorar um mês a vir à superfície!

Fui finalmente ao banco informar-me sobre as possibilidades de endividamento. E não ouvi nada que já não soubesse, quer compre uma barraca em Chelas ou um pequeno palácio na Expo a situação é a mesma, há 100% de probabilidades de eu só ter a casa paga quando for muito velhinha (ainda que mantendo o charme, claro) de nos próximos 40 anos ter apenas dinheiro para comer e pouco mais. Acabaram-se as loucuras na Zara e as malas da Parfois e os cremes e tónicos para tudo e mais alguma coisa.

Uma pessoa acredita que até ganha um salário jeitosinho, que tem poder de compra, que consegue aguentar-se, apesar da crise, mas um gerente de banco troca-nos logo os planos. E de um momento para o outro sentimo-nos as pessoas mais pobres do mundo...

terça-feira, abril 18

o texto que se segue não faz sentido nenhum...

Acabo as noites sempre da mesma maneira. Um complemento do trabalho. Uma perninha que faço para me lembrar do jornalismo e para ganhar mais uns trocos.
A Primavera confunde-me. Acordo de manhã e nunca sei o que vestir. Olho para o armário com vontade de escolher um top mas o tempo ainda não convida e opto sempre pelas camisas...
Continuo com vontade de mudar de casa, mas sem tempo para a procurar. Lembro-me todos os dias da necessidade imperativa de ter um espaço só meu quando ouço uma chave a rodar na fechadura sem saber quem será. Mas já nem sei o quero e o que posso. Sabem quando fixamos a ideia numa coisa de tal modo que não vemos as outras possibilidades à nossa volta?
Sinto-me assim em tudo.
Escrevo sempre sobre os mesmos temas.
De manhã acabo por vestir sempre as mesmas coisas porque tenho sono e pressa e não me apetece estar a fazer novas combinações.
O trabalho corre bem, mas desde que me instalei que deixei de abrir a janela e procurar novas possibilidades.

O mundo é um lugar estranho. Nunca chegamos a fazer parte dele verdadeiramente. Vamos criando raízes nos sitios sem nunca nos enraizarmos porque nunca estaremos suficientemente bem para o fazer.
Tenho a noção de que entro nas portas que já estão abertas à minha passagem e mesmo tendo a chave de outras tantas, nunca as chego a abrir porque não me apetece procurar o buraco da fechadura...

domingo, abril 9

Quem vai ao IKEA quer casa...

Ir ao IKEA é o pior erro para quem não tem casa própria. Temos vontade de comprar tudo o que vemos à nossa frente e o entusiasmo esvai-se ao pensar que não temos sítio só nosso para por o que quer que seja. Ainda assim não resiti em comprar mais uns objectos para o meu quartinho que está agora cheio como um ovo..cheio de pequenas coisas que me fazem sentir em casa, apesar de tudo...

Hoje foi dia de mais uma visita a uma casa à venda. De longe a melhor de todas as que vi até agora, com o Tejo à espreita em todas as janelas... Mas eu sou de facto esquisita e muito mesquinha nos pormenores, tenho que confessar. Estou a espera de encontrar uma casa que eu sinta que tenha a ver comigo e isso ainda não aconteceu...

quarta-feira, abril 5

Em casa partilhada....

Sabem quando é que sabemos que não dá mais para viver na mesma casa com uma pessoa?
Quando ela nos tira da despensa um rolo de papel higiénico e o esconde no cesto da roupa suja na casa de banho para eu não dar conta que ela mo roubou à socapa.

Custava assim tanto pedir?